terça-feira, 30 de agosto de 2022

LECTIO DIVINA OU LEITURA ORANTE DA BÍBLIA

 


Explicação

A leitura orante da Bíblia, ou LECTIO DIVINA, é um alimento necessário para a nossa vida espiritual. A partir desta oração, conscientes do plano de Deus e sua vontade, podemos produzir os frutos espirituais em nossa vida.
A LECTIO DIVINA é deixar-se envolver pelo plano amoroso e libertador de Deus. Santa Teresinha do Menino Jesus dizia, em seu período de aridez espiritual, que quando os livros espirituais não lhe diziam mais nada, ela buscava no Evangelho o alimento da sua alma.

Como fazer a LECTIO DIVINA?

A LECTIO DIVINA tradicionalmente é uma oração individual, porém, podemos fazê-la em grupos. O importante é rezar com a Palavra de Deus lembrando o que dizem os bispos católicos no Concílio Vaticano II, relembrando a mais antiga tradição católica, que conhecer a Sagrada Escritura é conhecer o próprio Cristo. Os monges diziam que a LECTIO DIVINA é a escada espiritual dos monges, mas é também a de todo cristão!

Quais os passos da LECTIO DIVINA?

1) Oração inicial: Comece invocando o Espírito Santo, que nos faz conhecer e querer fazer a vontade de Deus. Reze, por exemplo, com a seguinte oração:

«Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. - Enviai, Senhor, o vosso Espírito, e tudo será criado; e renovareis a face da terra. Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com as luzes do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo Senhor nosso. Amém.»

2) Leitura da Palavra de Deus: Leia, com calma e atenção, um pequeno trecho da Bíblia (aconselhamos que nas primeiras vezes utilize-se os textos dos Evangelhos, por serem mais familiares a todos). Se for preciso, leia o texto quantas vezes forem necessárias.

Procure identificar as coisas importantes deste trecho da Bíblia: o ambiente, os personagens, os diálogos, as imagens usadas, as ações. Você conhece algum outro trecho que seja parecido com este que leu? É importante que você identifique tudo isto com calma e atenção, como se estivesse vendo a cena. É um momento para conhecer e reconhecer a Boa Notícia que este trecho nos traz!

3) Meditar a Palavra de Deus: É o momento de descobrir os valores e as mensagens espirituais da Palavra de Deus: é hora de saborear a Palavra de Deus e não apenas estudá-la. Você, diante de Deus, deve confrontar este trecho com a sua vida. Feche os olhos, isto pode ajudar. É preciso concentrar-se!

4) Rezar a Palavra de Deus: Toda boa meditação desemboca naturalmente na oração. É o momento de responder a Deus após havê-lo escutado. Esta oração é um momento muito pessoal que diz respeito apenas à pessoa e Deus. É um diálogo pessoal! Não se preocupe em preparar palavras, fale o que vai no coração depois da meditação: se for louvor, louve; se for pedido de perdão, peça perdão; se for necessidade de maior clareza, peça a luz divina; se for cansaço e aridez, peça os dons da fé e esperança. Enfim, os momentos anteriores, se feitos com atenção e vontade, determinarão esta oração da qual nasce o compromisso de estar com Deus e fazer a sua vontade.

5) Contemplar a Palavra: Desta etapa a pessoa não é dona. É um momento que pertence a Deus e sua presença misteriosa, sim, mas sempre presença. É um momento no qual se permanece em silêncio diante de Deus. Se ele o conduzirá à contemplação, louvado seja Deus! Se ele lhe dará apenas a tranqüilidade de uns momentos de paz e silêncio, louvado seja Deus! Se para você será um momento de esforço para ficar na presença de Deus, louvado seja Deus!

6) Conservar a Palavra de Deus na vida: Leve a Palavra de Deus e o fruto desta oração para a sua vida. Produza os frutos da Palavra de Deus semeada no seu coração, frutos como: paz, sorriso, decisão, caridade, bondade, etc... Não se preocupe se alguma coisa não for bem, um dos frutos da Palavra de Deus é a noção do erro e a conversão pela sua misericórdia. O importante é que a semente da Palavra de Deus produza frutos, se 30, 60 ou 100 por um... o importante é que produza, e que o Povo de Deus possa ser alimentado pelos testemunhos de fé, esperança e amor na vivência de um cristianismo sincero.

Termine com a oração do Pai Nosso, consciente de querer viver a mensagem do Reino de Deus e fazer a sua vontade.


Por: Frei Antonio Silvio


ORAÇÃO AMOROSA A CRUZ DO NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

 


"Senhor, Tu olhas para o fundo do meu coração não me condena nós ama ensinaste que não devemos nunca julgar ninguém entendi que o julgamento pertence a ti jesus e assim tu nos cria para o amor e compaixão.

Como diz jesus comprei tua alma a preço de sangue com total liberdade deixo que entre com poder na minha vida por isso a coloco em Tuas mãos, para me ver livre de medos e angústias.

Sei que posso contar com a tua presença e que me fazes descobrir as manifestações do teu amor nas diferentes situações que experimento.

Não há nada maior do que o seu Amor.

Quero compreender esse mistério de amor do Pai, que entregou o seu único Filho a uma morte de cruz, para que eu fizesse parte das glórias do céu.

Todos os meus esforços, projetos, sucessos e fracassos, fazem sentido quando os olho através do teu sacrifício de cruz, um sacrifício de vida e de amor.

Quero renascer em Ti, restaurar minhas forças com o poder da Tua Cruz e confessar com meus lábios e coração que Tu és meu Deus e Senhor.

Quero renunciar à minha vida de pecado e rejeitar tudo que me convida a saborear as vitórias do mundo esquecendo-me de mim para me doar a sua doação de amor.

Amo-te, amo a tua Santa Cruz, aquela que me define e me conduz ao autêntico caminho de um cristianismo firme e autêntico."
Amém.

sexta-feira, 26 de agosto de 2022

FREIRA FAZ PÚBLICO DO FESTIVAL HALLELUYA ESTREMECER

 

 




COMENTÁRIO DE:
A irmã Raquel é uma benção ela vive no jejum e na oração, a unção divina está sobre a vida dela de acordo com a intensidade que ela busca .
 
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domingo, 21 de agosto de 2022

Oração pela Família - Gabriele Trovo e Padre Antônio Maria (Oficial)

 

 

ORAÇÃO PELA FAMÍLIA - Pe. Zezinho.
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Que nenhuma família comece em qualquer de repente
Que nenhuma família termine por falta de amor
Que o casal seja um para o outro de corpo e de mente
E que nada no mundo separe um casal sonhador!
 .
Que nenhuma família se abrigue debaixo da ponte
Que ninguém interfira no lar e na vida dos dois
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Que ninguém os obrigue a viver sem nenhum horizonte
Que eles vivam do ontem, do hoje em função de um depois!
 .
Que a família comece e termine sabendo onde vai
E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai
Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor
E que os filhos conheçam a força que brota do amor!
 .
Abençoa, Senhor, as famílias! Amém!
Abençoa, Senhor, a minha também (bis)
 .
Que marido e mulher tenham força de amar sem medida
Que ninguém vá dormir sem pedir ou sem dar seu perdão
Que as crianças aprendam no colo, o sentido da vida
Que a família celebre a partilha do abraço e do pão!
 .
Que marido e mulher não se traiam, nem traiam seus filhos!
Que o ciúme não mate a certeza do amor entre os dois!
Que no seu firmamento a estrela que tem maior brilho,
seja a firme esperança de um céu aqui mesmo e depois!
 .
Que a família comece e termine sabendo onde vai
E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai
Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor
E que os filhos conheçam a força que brota do amor!
 .
Abençoa, Senhor, as famílias! Amém!
Abençoa, Senhor, a minha também (bis)

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sexta-feira, 19 de agosto de 2022

O canto do Glória não é “para dançar, bater palmas e gritar”

 https://pt.aleteia.org

"Proliferou-se a ideia de que se trata de um canto animado, barulhento, como se Missa fosse programa de auditório e não o Calvário"

Ocanto do Glória não é “para dançar, bater palmas e gritar”, enfatizou o pe. Wellington José de Castro por meio de rede social. O sacerdote destaca o vínculo direto entre o Glória e o “Kyrie eleison”, isto é, a súplica “Senhor, tende piedade de nós”, recordando que, no Glória, apresentamos a Deus um pedido de perdão e de misericórdia.

Não é, portanto, um “canto festivo“, mas, eminentemente, uma oração penitencial e de conversão, que se faz com recolhimento, contrição sincera e, sim, profunda confiança no amor divino – mas o momento é de pedido de perdão e isto não se faz “dançando, batendo palma, dando gritinhos”.

Confira o comentário do pe. Wellington:

“Alguém em sã consciência pediria perdão de seus pecados dançando, batendo palma, dando gritinhos? A resposta parece óbvia. Mas por que tantos o fazem quando cantam ‘…Vós que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. Vós que tirais o pecado do mundo, acolhei a nossa súplica. Vós que estais à direita do Pai, tende piedade de nós…’?

Isso não é um pedido de perdão pelas culpas e pelo pecado?

O ‘Gloria in excelsis Deo’ está em plena unidade e continuidade com o ‘Kyrie eleison’. É errônea a ideia proliferada de que se canta Glória em louvor pelos pecados perdoados, até porque o Ato Penitencial não basta para perdoar os pecados mortais. Assim como é errada a ideia de que é um louvor à Trindade, haja vista que se trata de um hino cristológico.

Infelizmente, proliferou-se a ideia de que se trata de um canto animado, barulhento, como se Missa fosse programa de auditório e não o Calvário”.

 Liturgia: arcebispo corrige canto do Glória durante missa




sábado, 13 de agosto de 2022

Conheça a Oração oficial à Santa Dulce dos Pobres: "Dai-nos idêntico amor pelos necessitados"

 



A religiosa baiana Irmã Dulce foi canonizada pelo Papa Francisco no dia último dia 13 de outubro. Ela passou a se chamar Santa Dulce dos Pobres e é a primeira santa nascida no Brasil.
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Sua festa litúrgica será celebrada sempre no dia 13 de agosto, data em que à época, Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes fez sua profissão de fé e votos perpétuos, tomando o hábito de freira na Congregação das Imãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, e recebendo o nome de Irmã Dulce, em homenagem a sua mãe.
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Em 2011, quando foi beatificada, Irmã Dulce ganhou uma oração oficial, que agora passou por pequenas mudanças, como a troca do termo “Bem-Aventurada” por “santa”.
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A oração foi composta pelo então Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Geraldo Majella, e destaca a importância do amor e do cuidado para com os pobres e excluídos – o grande legado do “Anjo Bom da Bahia”.

Oração de Santa Dulce dos Pobres

Senhor nosso Deus,
lembrados de vossa filha,
a santa Dulce dos Pobres,
cujo coração ardia de amor por vós e pelos irmãos,
particularmente os pobres e excluídos,
nós vos pedimos:
dai-nos idêntico amor pelos necessitados;
renovai nossa fé e nossa esperança
e concedei-nos, a exemplo desta vossa filha,
viver como irmãos,
buscando diariamente a santidade,
para sermos autênticos discípulos missionários
de vosso filho Jesus.
Amém.

Da Rede Século 21

https://www.rs21.com.br/


SANTA DULCE DOS POBRES- FESTA LITURGICA 13 DE AGOSTO

  


Irmã Dulce foi declarada venerável pela Congregação para as Causas dos Santos do Vaticano em 21 de janeiro de 2009, deixando-a mais próxima da beatificação. Em 3 de abril do mesmo ano, o Papa Bento XVI aprovou o decreto de reconhecimento de suas virtudes heroicas. Em 9 de junho de 2010, o corpo de Irmã Dulce foi exumado, velado e sepultado novamente, como último estágio do processo de beatificação. Em 27 de outubro do mesmo ano, o cardeal arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Geraldo Majella Agnelo anunciou a beatificação da religiosa, em uma coletiva de imprensa realizada na sede das Obras Sociais Irmã Dulce, tornando-a a primeira bem-aventurada da Bahia. O anúncio foi sucedido pelo decreto em 10 de dezembro de 2010 e aconteceu após o reconhecimento de um milagre pela intercessão da religiosa na recuperação de uma mulher sergipana, que havia sido desenganada pelos médicos após sofrer uma hemorragia durante o parto. 

No dia 22 de maio de 2011, Irmã Dulce foi beatificada em Salvador, e passou a ser reconhecida como "Bem-Aventurada Dulce dos Pobres". A Solene Eucaristia de Beatificação foi presidida pelo enviado especial do Papa Bento XVI, Dom Geraldo Majella Agnelo, arcebispo emérito de Salvador. Nessa mesma solenidade foi declarado o dia 13 de agosto como a data de sua festa litúrgica, que é comemorada em Salvador, e em pelo menos 28 igrejas e capelas de outros estados. Nesse dia, em 1933, a religiosa fez sua profissão de fé e votos perpétuos, tornando-se freira. A data também é comemorada pela Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, mas sua festa litúrgica é celebrada em 13 de março nessa denominação. 

Em 13 de maio de 2019, o Vaticano reconheceu um segundo milagre de Irmã Dulce, a cura de uma pessoa cega. Com isso, a beata poderia ser canonizada. Quase dois meses depois, em 1 de julho, a Santa Sé anunciou que a data de canonização seria 13 de outubro do mesmo ano, no Vaticano. O rito de canonização ocorreu na celebração da missa dominical de 13 de outubro de 2019 no Vaticano pelo Papa Francisco, e além de irmã Dulce, que recebeu o título canônico de Santa Dulce dos Pobres, outros quatro beatos de nacionalidades diferentes foram canonizados. Na homilia da celebração, Francisco exaltou que os cinco beatos foram canonizados por se dedicarem ao serviço dos mais pobres na vida religiosa, fazendo um "caminho de amor nas periferias existenciais do mundo". Santa Dulce dos Pobres tornou-se a primeira mulher comprovadamente nascida no Brasil a ser canonizada, e a 37ª santa brasileira. 

Logo depois da canonização, foi criado pelo bispo auxiliar de Salvador, dom Marco Eugênio Galrão, o primeiro santuário do mundo dedicado à santa, o Santuário Santa Dulce dos Pobres, cujo orago anterior era Imaculada Conceição da Mãe de Deus, no bairro Roma, em Salvador. Simultaneamente também foi criada a primeira paróquia do mundo dedicada a Santa Dulce, a Paróquia de Santa Dulce dos Pobres, no bairro do Saboeiro, em Salvador. A criação da paróquia deu-se durante a celebração da missa, presidida pelo bispo auxiliar de Salvador dom Estevam dos Santos.


13 de agosto: dia da Bem-Aventurada Dulce dos Pobres. Conheça 10 fatos sobre aquela que será a primeira santa nascida no Brasil

 



















A Irmã Dulce já tem data para ocupar os altares: sua canonização acontecerá no dia 13 de outubro de 2019.
Porém, sua memória é celebrada no dia 13 de agosto. Por isso, a agência católica ACI Digital relembrou 10 fatos marcantes daquela que será a primeira santa nascida no Brasil. Confira!
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1-PRATICOU A CARIDADE DESDE CRIANÇA
O amor pelo próximo e a prática da caridade fizeram parte da vida de Irmã Dulce desde a infância. Conta-se que, aos 13 anos, a menina começou a acolher em sua casa mendigos e doentes e transformou a sua residência em um centro de atendimento. Muitos se aglomeravam na porta da casa para receber a ajuda da pequena e, por este motivo, o local ficou conhecido como “A Portaria de São Francisco”.
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2-ERA PROFESSORA
Antes de ingressar na vida religiosa, Irmã Dulce se formou professora pela Escola Normal da Bahia, em 9 de dezembro de 1932. No ano seguinte, entrou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus e, sua primeira missão como freira foi ensinar em um colégio mantido pela sua congregação.
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3-ADOTOU O NOME DULCE EM HOMENAGEM À MÃE
Ainda muito cedo, quando tinha apenas 7 anos, Irmã Dulce (cujo nome de batismo era Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes) perdeu sua mãe, Dulce Maria, a qual tinha 26 anos.
Mais tarde, quando ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em 1933, e recebeu o seu hábito, adotou o nome Irmã Dulce, em homenagem à sua mãe.
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4-ERA DEVOTA DE SANTO ANTÔNIO
Após o anúncio da data da canonização de Irmã Dulce (que será em 13 de outubro deste ano), o Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, contou que, no dia seguinte, ou seja, 14 de outubro, haverá uma Missa na Igreja de Santo Antônio dos Portugueses, em Roma.
O local foi escolhido devido à grande devoção que Irmã Dulce tinha por Santo Antônio. “Era realmente um amigo que ela tinha, um confidente, e ao mesmo tempo, a quem ela recorria em suas necessidades”, sublinhou o Prelado.
De fato, Santo Antônio sempre teve um lugar especial na vida da religiosa, desde sua infância. Era ao santo que ela recorria nos momentos de angústia, desespero e também para solicitar a concretização de algum projeto. Chamava-o, inclusive, de seu “tesoureiro”.
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De acordo com o site da Arquidiocese de Salvador (BA), ainda na infância, ela costumava decorar o altar do santo.
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Além disso, atualmente pertence ao acervo do Memorial Irmã Dulce uma imagem de Santo Antônio do século XIX, que pertenceu ao avô da religiosa, o advogado Manoel Lopes Pontes, diante da qual a família dela costumava fazer seus pedidos e orações.
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5-CONSTRUIU UM HOSPITAL A PARTIR DE UM GALINHEIRO
Na década de 1930, Ir. Dulce começou um trabalho assistencial nas comunidades carentes, sobretudo nos Alagados, conjunto de palafitas que se consolidara na parte interna do bairro de Itapagipe, em Salvador (BA).
Conta o site das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) que, em 1939, a religiosa invadiu cinco casas na Ilha dos Ratos, para abrigar os doentes que recolhia nas ruas de Salvador. Foi expulsa do lugar e precisou peregrinar durante uma década, levando os seus doentes por vários locais da cidade.
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Em 1949, ocupou um galinheiro ao lado do Convento de Santa Antônio, após a autorização da sua superiora, com os primeiros 70 doentes. Hoje, no local, está o Hospital Santo Antônio, o maior da Bahia.
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Segundo assinala OSID, esta iniciativa da religiosa “deu origem à tradição propagada há décadas pelo povo baiano de que a freira construiu o maior hospital da Bahia a partir de um simples galinheiro”.

6-DURANTE 30 ANOS, DORMIU EM UMA CADEIRA DE MADEIRA
No Memoria Irmã Dulce também se encontra o quarto da religiosa, onde está a cadeira de madeira, na qual ela dormiu por cerca de 30 anos, em razão de uma promessa.
Em 1955, a irmã da futura santa brasileira, também chamada Dulce, passou por uma gravidez de alto risco e a religiosa rezou por sua saúde e recuperação. Assim, durante três décadas, dormiu na cadeira para pagar sua promessa e agradecer pela recuperação de sua irmã, mesmo enfrentando muitas dificuldades, devido a um enfisema pulmonar.
Irmã Dulce só deixou de dormir na cadeira de madeira em 1985, aos 71 anos, após ser convencida por seus médicos a voltar a ter seu descanso noturno na cama, devido ao seu estado de saúde.
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7-ENFRENTOU GRAVES PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS
Conforme assinala OSID, nos últimos 30 anos de sua vida, a religiosa viveu com 70% da capacidade respiratório comprometida. Entretanto, isso “não impediu que ela construísse e mantivesse uma das maiores e mais respeitadas instituições filantrópicas do país, uma verdadeira obra de amor aos pobres e doentes”.
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8-FOI INDICADA AO PRÊMIO NOBEL DA PAZ
As obras da Irmã Dulce receberam diversos apoios e reconhecimentos. Tanto que, em 1988, a religiosa foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz pelo então presidente do Brasil, José Sarney, com o apoio da Rainha Sílvia, da Suécia.
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9-TEVE 2 ENCONTROS COM JOÃO PAULO II
Irmã Dulce encontrou com o Papa São João Paulo II em duas ocasiões em que o Pontífice visitou o Brasil. A primeira foi em 7 de julho de 1980, quando o então Papa visitou pela primeira vez o Brasil.
O segundo encontro aconteceu em 20 de outubro de 1991. Nesta ocasião, João Paulo II quebrou o protocolo de sua agenda e fez questão de visitar Ir. Dulce, que já estava com a saúde debilitada, no Convento Santo Antônio. Cinco meses depois desta visita, em 13 de março de 1992, o Anjo Bom da Bahia faleceu.
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10-SUA CANONIZAÇÃO SERÁ UMA DAS MAIS RÁPIDAS DA HISTÓRIA RECENTE DA IGREJA
No próximo dia 13 de outubro, Irmã Dulce se tornará a primeira mulher nascida no Brasil a ter seu nome inscrito no livro dos santos, apenas 27 anos após seu falecimento.
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Segundo destaca o site Obras Sociais da Irmã Dulce (OSID), sua canonização será a terceira mais rápida da história recente da Igreja, “atrás apenas da santificação do Papa João Paulo II (9 anos após sua morte) e de Madre Teresa de Calcutá (19 anos após o falecimento da religiosa)”.
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Vale recordar que os mais rápidos da história dos santos lusófonos seguem sendo o de Santo Antônio de Lisboa (ou Santo Antônio de Pádua), canonizado 11 meses após seu falecimento no dia 30 de maio de 1232, e São Teotônio, canonizado 1 ano depois de sua morte ocorrida em 1162 pelo Papa Alexandre III.

Apoie os valores cristãos acessando o site abaixo:
FONTE: https://pt.aleteia.org




quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Santa Clara de Assis: uma história que fascinará em todos os tempos

 

O “escândalo” da jovem aristocrata e rica que trocou a riqueza e aristocracia pela humildade e pobreza franciscana, seguindo Jesus!

Santa Clara nasceu em 1193, de família aristocrática e rica, mas trocou essa riqueza e aristocracia pela humildade e pobreza do estilo de vida proposto e testemunhado por São Francisco de Assis.

A família de Clara já planejava o casamento dela, por conveniência econômica e social, quando a jovem, aos 18 anos, surpreendeu a todos com um gesto extremamente ousado: inspirada pelo profundo desejo de seguir a Cristo e pela intensa admiração que São Francisco lhe despertava, Clara deixou a casa paterna e, junto com a amiga Bona di Guelfuccio, se juntou secretamente aos frades menores na igrejinha conhecida como a Porciúncula. Era a noite do Domingo de Ramos de 1211.

Nessa ocasião, enquanto os frades seguravam tochas acesas, Francisco cortou os cabelos de Clara e lhe deu um rude hábito penitencial. Ela se tornou assim a virgem noiva de Cristo, humilde e pobre, e a Ele se consagrou totalmente, resistindo com decisão à severa oposição da família.

A própria Clara fala assim de Jesus a toda mulher que se devota por completo a Ele:

“Amando-o, sereis casta; tocando-o, sereis mais pura; deixando-vos possuir por Ele, sereis virgem. O Seu poder é mais forte, a Sua generosidade mais elevada, o Seu aspecto mais belo, o Seu amor mais suave e toda a graça mais fina. Agora estais apertada pelo abraço dele” (Primeira carta).

A espiritualidade de Santa Clara

A síntese da sua proposta de santidade é recolhida na quarta carta a Santa Inês de Praga. Santa Clara usa uma imagem muito difundida na Idade Média, de influência patrística: o espelho. E convida a amiga a se refletir naquele espelho de perfeição de toda a virtude, que é o próprio Senhor:

“Feliz aquele a quem é dado degustar esta sagrada união, para aderir com as profundezas do coração [a Cristo], aquele cuja beleza admiram incessantemente todas as abençoadas hostes do céu, cujo afeto apaixona, cuja contemplação restaura, cuja bondade sacia, cuja suavidade preenche, cuja memória resplandece suavemente, a cujo aroma os mortos voltam à vida e cuja visão gloriosa tornará abençoados todos os cidadãos da Jerusalém celeste. E porque Ele é o esplendor da glória, candor da luz eterna e espelho sem mancha, olha todo dia para este espelho, ó rainha esposa de Jesus Cristo, e nele escruta continuamente o teu rosto, para que possas assim adornar-te toda no interior e no exterior (…) Nesse espelho refulgem a abençoada pobreza, a santa humildade e a inefável caridade” (Quarta Carta).

Canonização

Apenas dois anos após a sua morte, em 1255, o Papa Alexandre IV a elevou aos altares traçando o seguinte elogio na bula de canonização:

“Quão vivo é o poder desta luz e quão forte é o brilho desta fonte luminosa. Na verdade, essa luz tinha-se enclausurado no escondimento da vida monástica e irradiava luzes cintilantes; recolhia-se em um mosteiro estreito, e expandia-se ao longo da vastidão do mundo. Mantinha-se dentro e difundia-se fora. Clara, de fato, escondia-se; mas a sua vida foi revelada a todos. Clara ficou em silêncio, mas sua fama gritava”.

Os Papas recentes falam de Santa Clara

São João Paulo II visita as irmãs clarissas de Assis

“Convido-as a rezar e é meu desejo que repitam em nossa época o milagre de São Francisco e de Santa Clara. Porque a moça, a jovem, a mulher contemporânea deve se encontrar neste esplêndido carisma; certamente escondido, realmente privado de exterioridades aparentes, mas quão profundo, quão feminino! Uma verdadeira esposa! Capaz de amor pleno e irrevogável para com um esposo invisível. É verdade que é invisível, mas, como é visível! Entre todos os esposos possíveis do mundo, é certo que Cristo é o Esposo mais visível de todos os visíveis; é sempre visível, mas permanece invisível e visível na alma consagrada a Deus. Não sabeis vós, escondidas, desconhecidas, quanto sois importantes para a vida da Igreja: quantos problemas, quantas coisas dependem de vós. É necessário a redescoberta daquele carisma, daquela vocação. Faz-se mister a redescoberta da legenda divina de Francisco e Clara”.

Bento XVI declarou em 15 de setembro de 2010, durante uma catequese sobre Santa Clara:

“Também nos séculos da Idade Média, o papel das mulheres não era secundário, mas significativo. A esse respeito, deve-se salientar que Clara foi a primeira mulher na história da Igreja a compor uma Regra escrita, sujeita à aprovação do Papa, para que o carisma de Francisco de Assis fosse preservado em todas as comunidades femininas que se iam estabelecendo já nos seus tempos e que desejavam inspirar-se no exemplo de Francisco e Clara. (…) são os santos aqueles que alteram o mundo para melhor, transformam-no de modo duradouro, incorporando as energias que somente o amor inspirado pelo Evangelho pode suscitar. Os santos são os grandes benfeitores da humanidade”.

E o Papa Francisco fez uma visita pessoal ao túmulo de Santa Clara no dia 4 de outubro de 2013: