quinta-feira, 13 de novembro de 2014

O cristianismo pode salvar o Ocidente da ruína?

E você, católico, sabe o que nós temos que fazer?

"Tudo o que estava acontecendo quando o Império Romano desmoronou está acontecendo hoje também", contou-me o meu filho de 12 anos. "O nosso professor tem uma lista completa de exemplos", completou ele.

De fato, a moralidade cívica e pessoal está em quebra também na nossa época. Vemos sinais da decadência em quase todas as propostas de entretenimento de massas. Há no Ocidente um "amálgama monstruoso de Mercado e Estado", como disse Alasdair McIntyre, enquanto novos poderes ascendem no Oriente. Aqui, os nossos índices de aborto, eutanásia, violência nas ruas, guerra, suicídio e doenças sexualmente transmissíveis sugerem que os bárbaros já estão dentro das nossas fronteiras, e já faz um bom tempo.

E, assim como antes, nós, cristãos, estamos no meio deste cenário perturbador.

Assim como antes, boa parte de nós, cristãos, está de mãos dadas com as elites, adicionando a sua triste traição ao caldo comum da corrupção. Católicos de toda parte, nas universidades, nos hospitais e nos escritórios das empresas, são líderes na cultura da morte.

Mas, assim como antes, este não é o panorama completo da Igreja em nossos dias. Também há católicos, em todos esses lugares, que ainda são o antídoto para as piores tendências da nossa cultura.

Qual é a tarefa de um cristão quando o “império” está caindo aos pedaços? A mesma de sempre. Como disse o papa Bento XVI, "quando a escuridão parecia estar se espalhando pela Europa após a queda do Império Romano, São Bento trouxe a luz da aurora para brilhar sobre este continente".

Quando o Império Romano entrou na sua "idade das trevas", os católicos já conservavam a luz de Cristo em mosteiros, casas, escolas e igrejas e puderam começar a restabelecer a civilização.

Uma das tristes consequências da vida contemporânea é que a nossa cultura se tornou atomizada e anônima. Tornamo-nos um conjunto de indivíduos que circulam na órbita uns dos outros, limitando-nos a nós mesmos.

Veja, por exemplo, o processo cada vez mais automatizado de fazer compras. Dispomos de uma variedade enorme de bens que vieram até as nossas lojas sabe-se lá de onde, graças a sabe-se lá quem. Na hora de pagar, já existem (e vão existir cada vez mais) caixas inteligentes equipados com leitoras de chips que leem de uma só vez todos os códigos dos produtos do carrinho de compras, dispensando qualquer funcionário humano. Pagamos com nosso cartão ou com algum aplicativo do telefone celular, voltamos ao estacionamento igualmente automatizado e vamos embora sem precisar fazer contato visual com absolutamente ninguém. Ou ignoramos até mesmo este processo e fazemos tudo online, sem nem sequer precisar sair de casa. É uma evidente vantagem poder contar com essas alternativas, mas este fenômeno também deveria despertar em nós algumas reflexões sobre a perda crescente de contato humano com os chamados “estranhos”.

Na atual “economia made in China”, é muito comum estarmos a milhares de quilômetros de distância das pessoas que produziram a maior parte dos itens que nós compramos. Também estamos, facilmente, a centenas de quilômetros das pessoas que cultivaram os alimentos que levamos para a nossa mesa. De novo: isto nos traz comodidades e tem as suas vantagens práticas, mas vai limitando cada vez mais a nossa experiência de entrar em contato cotidiano com pessoas que não fazem parte do nosso círculo de convivência mais íntima.
E sabemos, no entanto, que as relações verdadeiramente humanas precisam de interação real.

Algo particularmente irônico é o seguinte: vivemos numa era em que os católicos muitas vezes interpretam que a "Nova Evangelização" consiste em "estar online". As ferramentas virtuais fazem parte da missão, é claro, mas precisamos repensar profundamente esta abordagem. Nesta época, talvez excessivamente digitalizada, a Nova Evangelização também significa sair deste esquema e conhecer as pessoas de verdade, na vida real, cara a cara.

"Amar a Deus acima de tudo" significa muito mais do que "postar uma imagem da Divina Misericórdia" em uma rede social. "Amar o próximo como a si mesmo" significa muito mais do que "‘curtir’ todas as atualizações de status do seu ‘amigo’ questionador das políticas laicistas".

Os beneditinos estabeleceram comunidades em seus mosteiros medievais e ensinaram o mundo a imitar as suas virtudes servindo-se do comércio e da educação. Enquanto a nossa época se afunda numa escuridão iluminada por telas de smartphones, talvez quem olhe nos olhos do outro se destaque como vencedor na luta por mostrar às pessoas um sentido mais profundo de viver.

Precisamos mostrar às pessoas, quando captamos a sua atenção, que existe esperança no mundo. As pessoas ficam fascinadas com a liberdade e com o amor; com pessoas que realmente conseguem viver para os outros e se sacrificar pelos outros; com pessoas que são radicalmente livres! E a Igreja é a casa certa para isso.

Neste mês de outubro, morreu o brilhante teólogo Lorenzo Albacete. Os jornais “The New York Times” e “The Washington Post” elogiaram a sua vida. Eles viram nesse teólogo a beleza da fé realmente vivida.

Albacete declarou em 2005: "A fé e a experiência de vida devem corresponder uma à outra. Foi isto o que São Bento fez. Precisamos de minorias criativas para estabelecer formas de vida atraentes para as pessoas que sofrem a crueldade do mundo de hoje".

O “Washington Post” também lembrou que Albacete tinha dito: "Se amanhã fosse revelado que o papa tinha um harém, que todos os cardeais tinham conseguido muito dinheiro em operações escandalosas com empresas corruptas e que os bispos estavam todos envolvidos com a pornografia na internet, a situação da Igreja seria bem parecida com a situação que a própria Igreja vivia no final do século XII, na época em que São Francisco de Assis beijou o rosto de um leproso pela primeira vez".

E aquele beijo começou a mudar tudo.

O cristianismo pode e deve se levantar novamente por cima das ruínas do império. E vai. Basta que levantemos o olhar para cima das telas dos nossos brinquedos eletrônicos. Basta que nos atrevamos a beijar de novo o rosto dos leprosos do nosso tempo.

FONTE: http://www.aleteia.org/pt



sábado, 8 de novembro de 2014

A família explicada pelo Papa Francisco


Um livro que recolhe uma espécie de manual com os pontos mais significativos propostos pelo Papa Francisco, um pequeno instrumento, como uma “catequese popular” sobre o tema família, com o título: “Em família com Papa Francisco” (Aldo Maria Valli, Editora Ancora, publicado na Itália).
.
O livro descreve os problemas da família e apresenta possíveis soluções, ressalta Valli: “segundo o Papa Francisco, existe sempre um sadio realismo que emerge não apenas nas grandes decisões, como o fato de dedicar duas reuniões mundiais dos bispos às famílias, às suas riquezas, mas também se debruçar sobre suas dificuldades”.
.
O casamento, afirmou o Papa, “conduz-nos ao coração do projecto de Deus, que é um projecto de aliança com seu povo, com todos nós: um projecto de comunhão”.
.
A imagem de Deus, escreve Valli, é sem dúvida o casal, a união entre o homem e a mulher. O Papa Francisco diz que antes de tudo “somos criados para amar, como reflexo de Deus e do Seu amor”, e que é na união conjugal entre o homem e a mulher que se realiza esta vocação, “no sinal de reciprocidade e de comunhão de vida plena e definitiva”.
.
Quando um homem e uma mulher se unem em matrimónio, Deus “se reflecte neles”. Da mesma maneira, como indica São Paulo na Carta aos Efésios, nos esposos cristãos reflete-se “a relação instaurada de Cristo com a Igreja, uma relação esponsal”.
.
As três características do amor que Jesus nutre pela Igreja, a Sua esposa, são a fidelidade, a perseverança e a fecundidade, que são também as características de um autêntico casamento cristão, no qual o amor se apresenta sobretudo de dois modos: como custódia recíproca e como fraternidade.
.
“Nunca alarmante, sempre confiante na Divina Providência, mas consciente da necessidade de colocar bem o foco nos novos desafios”, observa Valli, o Papa Francisco decidiu dedicar à família um caminho sinodal articulado: um sínodo extraordinário (2014) e um ordinário (2015). “A primeira etapa tem como propósito identificar novas linhas operativas para a pastoral da família”.
.
Os desafios são grandes e complexos: “vai da rápida difusão das uniões de fato (que em alguns casos chegam ao casamento, mas muito mais frequentes excluem totalmente a ideia), à união entre pessoas do mesmo sexo; da busca, por parte destas pessoas, de poder adoptar filhos entre pessoas de culturas de fé diferente; da família monoparental (onde está presente somente um dos pais com os filhos), à poligamia; dos casamentos combinados (com tudo aquilo que implica para a mulher, muitas vezes reduzida a objecto), para os casais que vivem distantes da própria terra por causa dos fenómenos migratórios”. No fundo, “uma mentalidade sempre mais permeada da ideia desenvolvida no Ocidente de que não vale a pena se envolver para sempre, que a fé é um mito e que a instabilidade das relações afectivas seja não um problema, mas a norma, e como tal é simplesmente reconhecida”.
.
Um outro dado desafia a Igreja directamente: “o individualismo, com as suas veias hedonistas, penetrou também entre aqueles que ainda, apesar de tudo, se dizem crentes”. Se está em presença de uma fé que “em muitos casos não somente desce facilmente a um acordo com a mentalidade secundária, mas considera natural acolher somente alguns preceitos e não outros, ou reinterpretar as indicações doutrinárias dependendo das situações individuais e interesses contingentes”.
.
Consciente dos problemas, Francisco não se esconde quando se trata de denunciar os ataques que sofre a família, fundada no matrimónio entre um homem e uma mulher, mas nele prevalece sempre o desejo de, por sua vez, olhar a questão de maneira positiva.
.
O compromisso de todos, começando pelos pastores, deve ser o de “reconhecer quanto é bonito, verdadeiro e bom formar uma família, ser família hoje; quanto é indispensável isto para a vida do mundo, para o futuro da humanidade”, afirmou. “É-nos pedido de colocar em evidência o luminoso plano de Deus sobre a família e ajudar os cônjuges a vivê-lo com alegria em sua existência, acompanhá-los em tantas dificuldades, com uma pastoral inteligente, corajosa e plena de amor”.
.
Na vida conjugal, valem sempre “três palavras mágicas”: “por favor, obrigado e desculpa”. “Por favor: para não ser intruso na vida do cônjuge. Obrigado: agradecer ao cônjuge por aquilo que fez por mim. E visto que todos nós erramos, a outra palavra que é um pouco mais difícil de dizer, mas necessária: desculpa. Com estas três palavras, com a oração do esposo pela esposa e vice-versa, e com o fato de fazer as pazes sempre antes que termine o dia, o casamento vai adiante”.

FONTE:
ALETEIA-Uma iniciativa da Fundação para a Evangelização através da Mídia



Still - Hillsong United with Lyrics ( PERMANECER)



Still
Hide me now
Under your wings
Cover me
within your mighty hand
.
When the oceans rise and thunders roar
I will soar with you above the storm
Father you are king over the flood
I will be still and know you are God
.
Find rest my soul
In Christ alone
Know his power
In quietness and trust

Permanecer
.
Me esconda agora
Sob suas asas
Cobre-me
Com sua poderosa mão
.
Quando os oceanos se erguerem e os trovões soarem
Voarei contigo acima das tempestades
Pai, tu és Rei sobre a inundação
Eu permanecerei e saberei que és Deus
.
Minha alma encontra descanso
Somente em Cristo
Conheço Seu poder
Em quietude e confiança




domingo, 28 de setembro de 2014

ORAÇÃO PELA CURA (Pressão Alta)



Tu és o Médico divino. Tu dás a Vida e a Vida em plenitude àqueles que Te buscam.
Por isso, hoje, Senhor, de um modo especial quero pedir a cura de todo tipo de doença (principalmente Pressão Alta) que tem me afligido neste momento.
Eu sei que não queres o mal, não queres a doença que é a ausência da saúde, porque és o Sumo Bem.
Opera, em mim, uma profunda cura espiritual e, se for da Tua Vontade e em Teu tempo, também uma cura física.
Que seja operada diretamente pela ação poderosa de Teu Espírito Santo ou através do médico e dos remédios!
Aumentai a minha fé no Teu Poder, Senhor, e no infinito Amor (Ágape) que tens por mim.
Aumentai minha fé, Senhor, que às vezes se encontra tão enfraquecida.
Eu acredito no Teu poder curador, meu Deus, e já agradeço humildemente por toda obra que estás realizando em meu coração e em meu corpo, neste momento.
Além de mim, Senhor, quero também apresentar, todos os doentes que me pediram orações. Tu conheces a cada um deles, sabes as provações pelas quais estão passando!
Tem misericórdia, Senhor, vem em socorro também destas pessoas que padecem com pressão alta.
Senhor, eu Te bendigo, porque clamei a Ti e Tu me ouviste.
Minha alma, por Tuas mãos benditas, foi tirada da escuridão.
Ó fiéis do Senhor, cantai a sua glória, dai graças ao seu Santo Nome, porque só Ele é poderoso e digno de eterno louvor.
Amém!

Pe. Marcelo Rossi.

Se for possível reze essa oração junto ao Sacrário, onde está guardado o Santíssimo Sacramento, é o lugar mais Sagrado dentro de uma Igreja, pois é onde o Senhor se faz presente na forma de Pão e Vinho. 

São Vicente de Paulo



Vicente de Paulo foi, realmente, uma figura extraordinária para a humanidade. Pertencia a uma família pobre, de cristãos dignos e fervorosos. Nasceu em Pouy, França, no dia 24 de abril de 1581.
.
Na infância, foi um simples guardador de porcos, o que não o impediu de ter uma brilhante ascensão na alta Corte da sociedade de sua época. Aos dezenove anos, foi ordenado padre e, antes de ser capelão da rainha Margarida de Valois, ficou preso durante dois anos nas mãos dos muçulmanos. O mais curioso é que acabou sendo libertado pelo seu próprio "dono", que, ao longo desse período, Vicente conseguiu converter ao cristianismo.
.
Todos o admiravam e respeitavam: do cardeal Richelieu à rainha Ana da Áustria, além do próprio rei Luís XIII, que fez questão absoluta de que Vicente de Paulo estivesse presente no seu leito de morte.
.
Mas quem mais era merecedor da piedade e atenção de Vicente de Paulo eram mesmo os pobres, os menos favorecidos, que sofriam as agruras da miséria. Quando Mazarino, em represália às barricadas erguidas pela França, quis fazer o país entregar-se pela fome, Vicente de Paulo organizou, em São Lázaro, uma mesa popular para servir, diariamente, refeições a duas mil pessoas famintas.
.
Apesar de ter sempre pouco tempo para os livros, tinha-o muito quando era para tratar e dar alívio espiritual. Quando convenceu o regente francês de que o povo sofria por falta de solidariedade e de pessoas caridosas para estenderem-lhe as mãos, o rei, imediatamente, nomeou-o para ser o ministro da Caridade. Com isso, organizou um trabalho de assistência aos pobres em escala nacional. Fundou e organizou quatro instituições voltadas para a caridade: a "Confraria das Damas da Caridade", os "Servos dos Pobres", a "Congregação dos Padres da Missão", conhecidos como padres lazaristas, em 1625, e, principalmente, as "Filhas da Caridade", em 1633.
.
Este homem prático, firme, dotado de senso de humor, esperto como um camponês, e sobretudo realista, que dizia aos sacerdotes de São Lazaro: "Amemos Deus, irmãos meus, mas o amemos às nossas custas, com a fadiga dos nossos braços, com o suor do nosso rosto", morreu em Paris no dia 27 de setembro de 1660.
.
Canonizado em 1737, são Vicente de Paulo é festejado no dia de sua morte, pelos seus filhos e sua filhas espalhados nos quatro cantos do mundo. E por toda a sociedade leiga cristã engajada em cuidar para que seu carisma permaneça, pela ação de suas fundações, que florescem, ainda, nos nossos dias, sempre a serviço dos mais necessitados, doentes e marginalizados.


FONTE TEXTO: A PAGINA DA VIDA 

Clique no Link e conheça mais sobre



domingo, 20 de julho de 2014

JESUS FALAVA EM PARÁBOLAS ÀS MULTIDÕES (Trigo e o Joio / Grão de mostrada/ Fermento e a farinha)



Evangelho (Mt 13,24-43): Jesus apresentou-lhes outra parábola: «O Reino dos Céus é como alguém que semeou boa semente no seu campo. Enquanto todos dormiam, veio seu inimigo, semeou joio no meio do trigo e foi embora. Quando o trigo cresceu e as espigas começaram a se formar, apareceu também o joio.

»Os servos foram procurar o dono e lhe disseram: ‘Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde veio então o joio? ’ O dono respondeu: ‘Foi algum inimigo que fez isso’. Os servos perguntaram ao dono: ‘Queres que vamos retirar o joio?’ ‘Não!’, disse ele. ‘Pode acontecer que, ao retirar o joio, arranqueis também o trigo. Deixai crescer um e outro até a colheita. No momento da colheita, direi aos que cortam o trigo: retirai primeiro o joio e amarrai-o em feixes para ser queimado! O trigo, porém, guardai-o no meu celeiro!’».


Jesus apresentou-lhes outra parábola ainda: “O Reino dos Céus é como um grão de mostarda que alguém pegou e semeou no seu campo. Embora seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior que as outras hortaliças e torna-se um arbusto, a tal ponto que os pássaros do céu vêm fazer ninhos em seus ramos».

E contou-lhes mais uma parábola: “O Reino dos Céus é como o fermento que uma mulher pegou e escondeu em três porções de farinha, até que tudo ficasse fermentado».

Jesus falava tudo isso em parábolas às multidões. Nada lhes falava sem usar de parábolas, para se cumprir o que foi dito pelo profeta: ‘Abrirei a boca para falar em parábolas; vou proclamar coisas escondidas desde a criação do mundo’».

Então Jesus deixou as multidões e foi para casa. Seus discípulos aproximaram-se dele e disseram: “Explica-nos a parábola do joio!».
Ele respondeu: «Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem. O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao Reino. O joio são os que pertencem ao Maligno. O inimigo que semeou o joio é o diabo. A colheita é o fim dos tempos. Os que cortam o trigo são os anjos. Como o joio é retirado e queimado no fogo, assim também acontecerá no fim dos tempos: o Filho do Homem enviará seus anjos e eles retirarão do seu Reino toda causa de pecado e os que praticam o mal; depois, serão jogados na fornalha de fogo. Ali haverá choro e ranger de dentes. Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça».



segunda-feira, 9 de junho de 2014

Algumas atitudes para viver mais feliz

Deus nós criou para que sejamos felizes. Nesta mensagem detalharemos algumas atitudes que você deve assumir para ser uma pessoa feliz. 

Adquira a virtude da valentia para enfrentar os problemas. Confie em Deus e em você mesmo. Lute contra o medo, pois o medo paralisa, remove a lucidez, faz cometer erros e leva à depressão. Seja valente e decidido; com uma postura assim irá eliminando os efeitos devastadores do medo... do fracasso, da rejeição, da morte: tudo isto infecta a mente, atordoa e impede de ver as coisas com lucidez. 

Desenvolva sua capacidade da surpresa, da admiração, ante as coisas pequenas ou grandes do mundo que é cheio de maravilhas; se você mantém essa atitude, verá que as tristezas vão desaparecendo. Converta-se em um ser sensível ao lado positivo da vida. Cultive o coração de criança que vê tudo como novo e belo. 

Convidamos-te a levantar-se pelas manhas e dizer a si mesmo: que maravilha que estou vivo! Isto é um milagre de Deus, porque é um milagre da vida. Abra as janelas de seu quarto, observe o amanhecer, o sol que desperta e que vai chegando com seu brilho no horizonte. Assombre-se ao ver o brilho nos olhos de seus filhos, maravilhe-se de que Deus te segue amando, te segue perdoando, que aquele homem segue lutando com sua enfermidade. O mundo segue seu curso e há muitas coisas belas nele. 

Seja otimista, sempre espere um melhor amanhã, não deixe de lutar, não desanime, não se sinta derrotado... e quando você tiver estas atitudes, nada poderá derrota-lo, somente você mesmo. 

O triunfo será seu se perseverar, alimente essa perseverança. O triunfo aparece quando se percorre esse caminho, quando se faz esse esforço adicional que muitas pessoas consideram inútil, como um esforço sem frutos; dê esse passo que poucos dão. A diferença entre o que triunfa e o que cai derrotado é o esforço para alcançar um objetivo, nunca se sinta derrotado e não duvide que Deus esteja com você apoiando-o nessa caminhada. Ele vencerá e com Ele todo bom triunfará; e se sua causa é nobre, você também triunfará. 

Nosso Deus é o Deus da Vitória, o Deus da Esperança, do fruto feliz, é o Deus do Triunfo. Repita sempre, "vencerei, vencerei porque Deus esta comigo"; jamais se sinta vencido. 

Cultive sua "linguagem" para que seja positiva; se tem demonstrado psicologicamente com a "linguagem" influencia nos pensamentos, na maneira como se olha as coisas. Evite expressões como: que tristeza; não há nada a fazer; estou vencido; isto não tem remédio; é impossível viver neste mundo; que mundo mais desgraçado; este mundo é dos maus; viemos aqui só para sofrer; é impossível ser feliz. Evite esta "linguagem" negativa porque isso o condiciona e o leva à depressão, transforme sua "linguagem" em uma linguagem positiva. 

Diga sempre: estou muito bem; tudo irá melhorar; isto tem solução; tudo mudará; seguirei lutando e vencerei; nunca me darei por vencido; não estou derrotado; Deus nunca me abandonará; Ele esta comigo e eu vencerei. A forma em que você se expressa condiciona seu estado de ânimo. 

Recorde quantos momentos lhe pareceram intoleráveis, que não podia suportar, e que ao passar o tempo e com a ajuda de Deus, da natureza, de seus amigos e família e graças à sua voluntariedade, perseverança e com o uso dos dons que Deus lhe deu, pode triunfar. 

Recorde sempre que: Com Deus você é invencível! 
Mons. Rómulo Emiliani, c.m.f. 
http://
www.coracaodemaria.org.br  



Jesus Eucarístico: Deus no meio de nós!



O sacramento da Eucaristia é junto com devoção à Virgem Maria, a mais bela riqueza que temos na nossa Igreja.

O papa da Eucaristia, S. Pio X dizia:
“A devoção à Eucaristia é a mais nobre de todas as devoções, porque tem o próprio Deus por seu objeto; o Autor da graça; e é a mais suave, pois suave é o Senhor”.

          A Eucaristia é Jesus Amor. Por isso ela é Sacramento do Amor, é uma resposta e um sinal para um mundo com tanto desamor. Neste Sacramento está Jesus Vivo e Verdadeiro, o “Deus Amor” (Jo 4,8), o Deus que nos amou e nos ama até o fim (cf. Jo 13,1).

Todas as expressões de amor estão contidas na Eucaristia: o Amor Encarnado, o amor Crucificado, o Amor de União, o Amor que inebria, o Amor Apaixonado...

São Pedro Julião dizia: “Ser possuído por Jesus, e possuí-lo: eis o Reino perfeito do Amor.”
A Eucaristia é este “Reino Perfeito”: nós o possuímos e Ele nos possui; nós o recebemos escondido no Pão é Ele toma posse de todo nosso ser e nesta íntima e perfeita união realiza-se maravilhas na alma, porque Aquele que os anjos adoram vive e reina dentro de nós.

Não há nada que possa comparar com a alma que com devoção e humildade adora o Pão da Vida, se os católicos soubessem que efeito isto causa, trocaria suas prioridades, por tais momentos de oração, pois diante do trono, no tabernáculo os “verdadeiros adoradores” (cf. Jo 4,23) são capazes de abalar as “estruturas do inferno”. Podemos mudar o rumo da humanidade pela adoração ao Santíssimo.

Assim ocorreu com S. João Maria Vianey, uma alma apaixonada por Jesus Eucarístico, que chegando a pequena e pouco conhecida aldeia de Ars, verificou em que decadência e perversão encontravam-se aquele lugar e decidiu logo começar a agir e da forma mais sábia:

Ele não implantou já pastorais e muito menos fez campanhas sociais; o neo-sacerdote levantava-se todo o dia a duas da madrugada, punha-se em oração junto ao altar, dentro da escura igreja e orava preparando-se para a Santa Missa, depois desta dava ação de graças e permanecia em adoração até o meio dia: sempre ajoelhado no piso nu da igreja, sem se apoiar em nada, com o terço nas mãos e o olhar fixo no sacrário.

Porém, isto não permaneceu por muito tempo, pois a fecundidade daquela adoração, começou a dar frutos e pouco a pouco as almas foram sendo atraídas e o santo precisou mudar o seu programa, pois a Igreja foi considerada pequena para conter a multidão que vinha da própria aldeia e das romarias feitas pelas cidades vizinhas, enquanto o padre teve que por muitas vezes ficar atendendo confissão até por dezoito horas interruptas.

Quantos milagres, quantas conversões aconteceram naquele pequeno lugar na França. Tudo obra de profunda adoração a Jesus Eucarístico!

E, em tudo isso, o que é mais lindo: é a sua presença nos tabernáculos das nossas Igrejas, aprisionado por Amor a nós, esperando a nossa visita.

Por: Cíntia Teixeira de Sousa





terça-feira, 20 de maio de 2014

A oração de São Camilo: Hoje é dia(20) de recordar São Camilo, padroeiro dos enfermos e dos hospitais.

Conheça um pouco mais sobre o padroeiro dos enfermos, pedindo sua intercessão para que Deus acompanhe nos sofrimentos.



Esta é a oração de São Camilo:
Senhor, Deus de toda a consolação,
Pai rico em misericórdia, vós sois amor.
Conheceis nossas necessidades e estais presente em nossos sofrimentos.

Escolhestes São Camilo para cuidar dos doentes e ensinar como servi-los.
Pedimos, por vossa intercessão, o dom da caridade que ilumina,fortalece e leva à plenitude a nossa vida para amar-vos também em nossos sofrimentos e servir-vos com amor em nossos irmãos e irmãs doentes.

Amém.

E esta é a história de São Camilo:

Pertencente de uma nobre e tradicional família, Camilo de Lellis foi militar e pelo seu caráter, expulso da tropa. Viciado em jogo, levava vida profana e decadente. Perdeu todos os seus bens. No momento mais melancólico de sua vida, em uma situação de mendicância, Camilo foi tocado pela graça divina, arrependendo-se de todos os seus pecados, passando a dedicar sua vida a servir, por espírito de caridade, aos doentes pobres em hospitais. E diante de tanta dedicação, fundou a Companhia dos Servidores dos Enfermos, conhecidos como Camilianos. E não é por menos que tornou-se patrono dos enfermos e dos hospitais.

Seu sobrenome remonta à história da igreja, época de Teodoro de Lellis, o Cardeal Pio II. Mas São Camilo de Lellis fez a própria história e deixou sua fé e sua dedicação aos enfermos disseminadas por todo o mundo.

São Camilo era italiano de Abruzzo, mas precisamente da cidade de Bucchianico. Em 1550, ano de seu nascimento, sua família carregava no sangue virtude, coragem e brio dos que lutaram nas Cruzadas.

Seu nascimento coroou o casamento de tantos anos da senhora Camila, a mãe, que até os 60 anos de idade não tinha conseguido dar um herdeiro ao esposo João.

Vida Voluntária

Camillus de Lellis – 1550-1614

E foi com 17 anos que Camilo alistou-se como voluntário no exército de Veneza. Naquela época, pôde conviver com o drama dos enfermos que agonizavam diante de várias doenças. Foi dessa época também que Camilo passou a viver com uma dolorosa úlcera no pé, que o acompanhou até o último dia de vida. Nesse período, também sofreu a perda do pai e sua vida enveredou-se para os prazeres mundanos, como o da jogatina.

A vida de Camilo mudou completamente. Sofreu diante da falta de condições financeiras e de saúde. Doente, não conseguiu local para internar-se, o que o fez partir para Roma, pedindo auxílio no Hospital Santiago, justamente para tratar da chaga no pé direito. Camilo não tinha dinheiro para pagar o tratamento e ofereceu-se para trabalhos de servente e de enfermeiro.

Mal cicatrizada a ferida, Camilo, sem nenhum recurso financeiro, soube que o país recrutava voluntários para combater os turcos. E lá foi ele. Não parou tão cedo. Em 1573, mais um combate. Neste ano, quase restabelecido economicamente, Camilo, mais uma vez, rendeu-se aos prazeres mundanos e atirou-se aos jogos. Perdeu tudo. Ficou a zero, reduzido à miséria. Retornou a Nápoles e prometeu se fazer religioso franciscano.

Um ano depois, Camilo esqueceu-se do voto que fizera de se tornar religioso franciscano e mergulhou novamente no jogo. O jogo e a bebida tornaram-se vícios em sua vida. Ficou novamente na miséria. Partiu para Veneza. Passou frio e fome. Não tinha onde morar, nem dormir. Em uma das derrotas no jogo, deu como pagamento a própria camisa. Depois de muito perambular, conseguiu abrigo no convento dos capuchinhos, momento em que lembrou do voto de tornar-se religioso. Converteu-se realmente.

Cumpriu Abnegado Sua Missão

Camilo retornou ao Hospital Santiago, desta vez como mestre da casa. Apesar de doente, tratou dos enfermos como de si. Em 1581, com a saúde precária, decide tratar dos doentes gratuitamente. Na época, Camilo foi levado a agir assim diante da exploração, desonestidade e falta de escrúpulos dos médicos para com os doentes. Em 1582, Camilo teve a primeira inspiração de instituir uma companhia de homens piedosos que aceitassem, generosamente, a missão de socorrer os pobres enfermos, sem preocupação de recompensa.

Aos 32 anos voltou aos estudos, sendo ordenado sacerdote aos 34 anos. Aos 18 de março de 1586, o papa Sixto V aprova a Congregação Religiosa fundada por Camilo.

Em 21 de setembro de 1591, o papa Gregório XIV eleva a Congregação de Camilo ao “status” de Ordem Religiosa.

Na guerra que logo em seguida houve na Hungria, os “Camilianos” trabalharam como primeira unidade médica de campo, cuidando dos feridos.

Não bastou a Camilo tomar consigo apenas bons enfermeiros e alguns até médicos, os doentes careciam também de assistência religiosa. É evidente que a alma bem cuidada dispõe melhor o corpo para suportar os sofrimentos e sobrepor-se à doença. Vale destacar que antes de ser santo, Camilo não tinha qualquer ligação de fé no Senhor.

Muito doente, Camilo renunciou ao cargo de Superior Geral de sua Ordem Religiosa em 1607.

Faleceu em Roma aos 14 de julho de 1614. Sua festa é celebrada aos 14 de julho, data de sua morte.

Nos primeiros dias de julho de 1614, já no seu leito de morte, recebeu a última comunhão e deixou as seguintes recomendações:

“Observai bem as regras. Haja entre vós uma grande união e muito amor. Amai, e muito, a nossa Ordem, e dedicai-vos ao apostolado dos enfermos. Trabalhai com muita alegria nesta vinha do Senhor. Se Deus me levar para o Céu, vos hei de ajudar muito de lá. As perseguições que sofreu nossa obra vieram do ódio que o demônio tem ao ver quantas almas lhe escaparam pelas garras. E já que Deus se serviu de mim, vilíssimo pecador para fundar miraculosamente esta Ordem, Ele há de propagá-las para o bem de muitas almas pelo mundo inteiro. Meus padres e queridos irmãos: eu peço misericórdia a Deus e perdão ao padre Geral aqui presente e a todos vós, de todo mau exemplo que eu pudesse ter dado, talvez mais pela minha ignorância, do que pela má vontade. Enfim, eu vos concedo da parte de Deus, como vosso Pai, em nome da Santíssima Trindade e da bem-aventurada Virgem Maria, a vós aqui presentes, aos ausentes e aos futuros, mil bênçãos”.

Camilo de Lellis morreu no dia 14 de julho de 1614. Seu féretro foi marcado por muita comoção e acompanhado por uma multidão. Mas um milagre era visto naquele dia: enquanto preparavam o corpo de Camilo para o funeral, os médicos, estarrecidos, notaram que a chaga havia desaparecido.

Em 1746, durante uma festa dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, o Papa Bento XIV, no dia 29 de junho, declara Santo o nome de Camilo de Lellis.

Em 1886, Leão XIII declarou São Camilo, juntamente com São João de Deus, Celestes protetores de todos os enfermos e hospitais do mundo católico.

No dia 28 de setembro de 1.930, Pio XI proclamou Camilo “Protetor dos profissionais da saúde”.

(Camilianos)

PESQUISE MAIS SOBRE SÃO CAMILO (Clique aqui)


domingo, 4 de maio de 2014

Evangelho de Lucas: história, Jerusalém e salvação, artigo de Gilvander Luís Moreira

Que visão o Evangelho de Lucas apresenta de história, Jerusalém e salvação?

Teologia da História em Lucas.
Analisando atentamente o terceiro evangelho da Bíblica e os Atos dos Apóstolos percebemos que há um plano global subjacente à obra lucana. Usando a linguagem de Conzelmann, que divide a história da libertação-salvação em três períodos,2 podemos dizer que o Primeiro Testamentonarra o caminho de Israel, que é o tempo das promessas.3O evangelho de Lucas narra o caminho de Jesus, que é o tempo da realização. Podemos deduzir isso pela ênfase que se dá ao “Hoje”: “Hoje se cumpre…”.4 E os Atos dos Apóstolos narra o caminho das Igrejas, que é o tempo do Espírito Santo.
.
Lucas elabora uma teologia da história que tem suas raízes no passado, chega ao auge em Jesus, continua nas Igrejas5 pela ação do Espírito Santo e consuma-se na parusia. A manifestação de Jesus não é algo que acontecerá no fim dos tempos, como se ele permanecesse ausente; é antes a manifestação gloriosa de um Jesus que sempre esteve presente nas comunidades, como aparece no evangelho de Mateus (Mt 28,20). Com a ascensão, “Jesus não foi embora”, mas foi exaltado, glorificado, legitimado. Jesus “vai, mas não vai”; ausente no aspecto físico, continua presente por meio do Espírito Santo. O corpo das pessoas que aderem ao seu projeto passa a ser o “corpo de Cristo”, movido pelo Espírito de Jesus.6 Para Lucas, Deus agiu na história da primeira comunidade cristã da mesma forma como agiu em Jesus. Este era enviado de Deus e os cristãos também o são. Por conseqüência, concluímos que todos somos convidados a “encarnar a realidade” de que também somos enviados de Deus para a libertação de todos e de tudo. Ignacio Ellacuría dizia que dom Oscar Romero foi (e continua sendo, mesmo depois da morte, como ressuscitado) um enviado de Deus para libertar o seu povo. Oscar Romero dizia aos cristãos perseguidos pela ditadura militar em El Salvador: “Vocês são Jesus Cristo, aqui e agora. Vocês são enviados de Deus para salvar e libertar o nosso povo”.
.
A parusia começou na encarnação, vida e ressurreição de Jesus e será completada quando ele terminar de voltar e não quando começar a voltar.
.
Jerusalém em Lucas.
O evangelho de Lucas é o único dos quatro evangelhos da Bíblia que começa e termina em Jerusalém, precisamente no templo. Imediatamente depois do prólogo geral à obra lucana (Lc 1,1-4), a primeira cena se desenvolve “no santuário do Senhor” (Lc 1,5-23). Depois da ressurreição, os onze voltam para o templo em Jerusalém (Lc 24,53). Os pais de Jesus o levam duas vezes ao templo (Lc 2,22.42). O episódio de Jesus aos doze anos conversando com os doutores no templo é prefiguração do ensinamento futuro de Jesus no templo (Lc 19,47).
.
Lucas apresenta as três tentações em uma ordem diferente do evangelho de Mateus. Este inicia apresentando a tentação da transformação de pedras em pão (primeira tentação), do jogar-se do pináculo do templo e ser salvo pelos anjos (segunda tentação) e a tentação de contemplar em uma alta montanha os reinos com todo o esplendor (terceira tentação) (Mt 4,1-11 e Lc 4,1-13). Para Mateus é importante colocar a última tentação no cume de uma montanha, pois o evangelho está sendo dirigido a comunidades oriundas principalmente do meio judaico, onde “montanha” é, por excelência, o local do encontro do ser humano com Deus e consigo mesmo. Assim, Mateus enfatiza Jesus, em profunda intimidade com o Pai, na montanha, superando as tentações.
.
No evangelho de Lucas, a primeira tentação se dá no deserto, onde Jesus é tentado a transformar pedra em pão. A segunda, acontece na montanha, em que contempla os reinos. A terceira, acontece no pináculo do templo, onde Jesus é tentado a saltar dali para ser salvo pelos anjos. Há uma progressão nas tentações. O clímax do confronto entre Satanás e Jesus aconteceu precisamente em Jerusalém, onde acontecerá a execução do Justo com a pena de morte, a pena capital. Assim, a cena na qual Jesus se encontra sobre o pináculo da “casa de seu Pai” se torna muito eloqüente, porque no evangelho de Lucas, “Jerusalém” é o ponto de chegada de Jesus para realizar a obra (Lc 17,11; Lc 19,28-38). Para as primeiras comunidades cristãs, “Jerusalém” é o ponto de partida para a missão (Lc 24,52). Jerusalém tem uma importância particular, pois é a cidade do “destino” final de Jesus e de onde se irradia a libertação-salvação para todo o gênero humano. Jesus caminha para Jerusalém como se buscasse alcançar uma meta (Lc 13,22). Lucas valoriza “Jerusalém” não somente como lugar físico, mas primordialmente como lugar teológico que representa a “cidade de Davi”,7 o monte Sião, de onde Deus legisla. Lucas se refere a “Jerusalém” com o termo grego Ierousalëm, designação de Jerusalém não como lugar geográfico, mas de lugar sagrado do judaísmo.
.
Salvação em Lucas.
A salvação acontece com base nas entranhas da história da humanidade. Deus, pela encarnação que culmina em Jesus de Nazaré, assume as entranhas humanas para salvar todos e tudo. Infelizmente já faz parte do senso comum que salvação se refere apenas à “alma”. Perdeu-se a relação do corpo com a salvação. Diante disso é bom recordar que a palavra “salvação”, no seu sentido original, quer dizer livrar o ser humano de algum mal físico, moral ou político, ou de algum cataclismo cósmico; isso supõe resgate da integridade. Com referência ao acontecimento Cristo, resgatar a integridade do ser humano significa restabelecer sua relação inata com Deus, com os outros, com toda a criação e consigo mesmo. Não podemos esquecer que o credo cristão afirma a convicção na ressurreição da “carne”, não apenas da “alma”.
.
Salvação é um dos efeitos mais importantes do acontecimento Cristo, pelo menos na mentalidade de Lucas, no evangelho e em Atos dos Apóstolos. Ele é o único dos evangelistas sinóticos a chamar Jesus de “Salvador”.8 O melhor resumo que mostra o que é salvação é: “O filho do Homem veio buscar o que estava perdido e salvá-lo” (Lc 19,10).
.
Não podemos continuar pensando, segundo o senso comum, que salvação se refere somente a algo pós-morte e que não tem nada a ver com libertações na história. Na Bíblia, as categorias salvação e libertação são “equivalentes” e complementares, mesmo que alguns textos possam enfatizar mais a ideia de salvação, e outros, mais a ideia de libertação. Por exemplo, etimologicamente o nome Josué significa “o Senhor é libertação-salvação”(Nm 11,28); Josué é a versão hebraica do nome de Jesus. Este é versão aramaica. Logo, etimologicamente, Jesus é o novo Josué, aquele que liberta e salva, em um processo interdependente. Josué conduziu o povo na conquista da terra prometida. Jesus conduz o povo para a construção do Reino de Deus no mundo. Outro exemplo: o nome Oséias significa libertação-salvação (Nm 13,8).O profeta Oséias combateu com veemência a idolatria, libertando e salvando o povo.
.
Libertação-salvação faz parte do campo semântico dos verbos libertar, salvar, sarar, curar, resgatar, perdoar, reerguer, redimir, integrar, recuperar, incluir, apoiar e outros similares. Isso indica a inter-relação existente entre libertar e salvar: são duas faces da mesma medalha; inseparáveis como carne e unha. “Salvação” que não implica libertação real, concreta e corporal das pessoas é pseudo-salvação.
.
Lucas não quer, em momento algum, espiritualizar a proposta do Evangelho de Jesus Cristo, mas inseri-la nos processos orgânicos de libertação. A salvação que Lucas defende não é aparente, como diz o povo: “Peruca em cabeça de careca”.
.
Belo Horizonte, MG, Brasil, 01 de abril de 2013.

1 Gilvander Luís Moreira, Frei e padre da Ordem dos carmelitas; licenciado e bacharel em Filosofia pela UFPR; bacharel em Teologia pelo ITESP/SP; mestre em Exegese Bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma; doutorando em Educação pela FAE/UFMG; assessor da CPT, CEBI, SAB e Via Campesina; conselheiro do Conselho Estadual dos Direitos Humanos de Minas Gerais; Colaborador e Articulista do Portal EcoDebate – CONEDH; e-mail: gilvander@igrejadocarmo.com.br  – www.gilvander.org.br   –  www.twitter.com/gilvanderluis  – facebook: Gilvander Moreira

2Conzelmann sugere três períodos para a história da salvação:

O tempo de Israel compreende o Primeiro Testamento, da criação do mundo até João Batista, inclusive (Lc 1,5–3,1) – (tempo do Pai).

O tempo de Jesus compreende o Segundo Testamento, do início do ministério público de Jesus de Nazaré até a sua ascensão (Lc 3,2–24,51) – (tempo do Filho).

O tempo da(s) Igreja(s), sob a perseguição, vai da ascensão até a parusia (Lc 24,52-53; At 1,3–28,31) (tempo do Espírito Santo).

Três passagens em Lc fundamentam esta divisão:

Em Lc 16,16 aparece uma divisão em dois períodos: a lei e os profetas, até João. Daí em diante é anunciada a Boa-Nova do Reino de Deus, com a indicação do tempo de Jesus (cf. Lc 4,21).

Em Lc 22,35-37 Jesus adverte aos doze para a hora em que terão de procurar bolsas, alforjes, mantos e espadas. No “tempo de Jesus” não havia necessidade de todas essas provisões, mas no “tempo da(s) Igreja(s) perseguidas (ecclesia pressa) a situação é muito diferente, profundamente conflitiva: repreensão, opressão e repressão eram “pão de cada dia” experimentado pelas comunidades cristãs (At 8,1b.4; 11,19).

Em Lc 4,21 com o “hoje se cumpre…”.
3Cf. Lc 1,16.54.68.80; 2,25.32.34; 4,25.27; 7,9; 22,30; 24,21.
4Cf. Lc 2,11; 4,21; 5,26; 12,28; 13,32.33; 19,5.9.42; 22,34.61; 23,43.

5Colocamos Igreja no plural também para recordar que nasceram, organizaram-se e cresceram diversas Igrejas — Jerusalém, Samaria, Antioquia, Roma, Corinto, Tessalônica, Filipos, Éfeso, de Pérgamo, Filadélfia, Gálatas, Colossos, de Tiatira, Esmirna, Sardes, Laodicéia etc. Logo, não podemos pensar em uma única Igreja cristã primitiva, mas em uma grande diversidade de Igrejas cristãs primitivas que formavam uma grande unidade com base na grande diversidade entre elas.

6Cf. At 1,2.5.8.16; 2,4.17.18; 2,33.38; 4,8.25.31; 5,3.9.32; 6,6.5.10; 7,51.55; 8,15.17.18.19.29.39; 9,17.31; 10,19.38.44.45.47; 11,12.15.16.24.28; 13,2.4.9.52; 15,8.28; 16,6.7; 19,2.6; 20,23.28; 21,4.11; 28,25.
7Davi é recordado como um dos três reis bons, principalmente pela sua primeira fase. Ele uniu e organizou marginalizados e excluídos da sociedade e implementou um governo popular e democrático. A expressão “cidade de Davi” quer recordar o Davi da primeira fase, não o Davi corrompido pelo poder, no final do seu reinado.
8Em grego, sõtër, cf. Lc 2,11. Em Atos dos Apóstolos Lucas se refere a Jesus como Salvador mais duas vezes: At 5,31; 13,23.

EcoDebate, 02/04/2013
http://www.ecodebate.com.br/2013/04/02/evangelho-de-lucas-historia-jerusalem-e-salvacao-artigo-de-gilvander-luis-moreira/




sábado, 3 de maio de 2014

Momento de oração e cura interior - Adoração ao Santíssimo Sacramento.






Momento belíssimo de muita oração e cura interior nessa adoração ao Santíssimo Sacramento. Assista e participe da oração com muita fé e esperança que com certeza Deus te dará o que o seu coração necessita. Jesus está sempre contigo, basta confiar, saber esperar e Ele agirá


PROJETO LUZ E VIDA




quarta-feira, 9 de abril de 2014

"A Cruz não é um ornamento, é o mistério do Amor de Deus", afirma o Papa Francisco


A Cruz não é um ornamento, é o mistério do Amor de Deus – esta a principal mensagem do Papa Francisco na Missa desta terça-feira na Capela da Casa de Santa Marta. Em caminho no deserto, o povo murmurava contra Deus e contra Moisés. Mas quando o Senhor lhes mandou serpentes o povo admitiu o seu pecado e pediu um sinal de salvação. O Papa Francisco tomou a Primeira Leitura tirada do Livro dos Números, para refletir sobre a morte no pecado. E sublinhou que Jesus no Evangelho do dia alerta os fariseus dizendo-lhes: ‘Morrereis no vosso pecado’:
“Não há possibilidade de sair sozinhos do nosso pecado. Não há possibilidade. Estes doutores da lei, estas pessoas que ensinavam a lei não tinham uma ideia clara sobre isto. Acreditavam, sim, no perdão de Deus, mas sentiam-se fortes, auto-suficientes, sabiam tudo.”
Segundo o Papa Francisco não se percebe o cristianismo se não se perceber a humilhação profunda do Filho de Deus. Porque o cristianismo não é uma doutrina filosófica...“O cristianismo não é uma doutrina filosófica, não é um programa de vida para sobreviver, para ser educados, para fazer a paz. Estas são consequências. O cristianismo é uma pessoa, uma pessoa erguida, na Cruz, uma pessoa que se aniquilou a sí própria para nos salvar; fez-se pecado. E assim como no deserto foi erguido o pecado, aqui foi erguido Deus, feito homem e feito pecado por nós. E todos os nossos pecados estavam ali. Não se percebe o cristianismo sem se perceber esta humilhação profunda do Filho de Deus, que humilhou-se a si próprio fazendo-se servo até à morte de Cruz, para servir.”
O Santo Padre concluiu a sua homilia explicando que a Cruz de Cristo não é um ornamento mas o mistério do Amor de Deus:“Não é um ornamento, que nós devemos meter sempre nas igrejas sobre o altar. Não é um símbolo que se distingue dos outros. A Cruz é o mistério, o mistério do amor de Deus, que se humilha a si próprio, faz-se um nada, faz-se pecado.”
“... o perdão que nos dá Deus são as chagas do seu Filho na Cruz, erguido na Cruz. Que Ele nos atraia para Si e que nós nos deixemos curar.”

Fonte: www.news.va




segunda-feira, 17 de março de 2014

OBEDECERÁS À SUA VOZ


Assim falava Moisés ao povo de Israel: “Hoje, fizeste o Senhor, teu Deus, prometer que ele seria teu Deus, enquanto tu... observarias suas leis, seus mandamentos e lhe obedecerias fielmente. E o Senhor fez-te prometer, neste dia, que serias um povo que lhe pertença de maneira exclusiva, um povo consagrado ao Senhor, teu Deus, como ele o prometeu” (Dt 26, 17-19). Com a declaração dos empenhos de ambas as partes, confirmava-se a aliança entre Israel e Javé: fidelidade e obediência da parte de Israel, cumprimento das promessas da parte de Deus. Em virtude da obediência, Israel será um povo privilegiado, consagrado, isto é, pertencente ao seu Deus, que dele cuidará, de modo especial e o salvará.
A Israel, sucedeu, há séculos, a Igreja, novo povo de Deus; e hoje, como ontem, a condição para ser “povo de Deus” é a obediência. O primeiro motivo da obediência apoia-se no fato de ser o homem criatura, e como tal, recebe de Deus “a vida, a respiração e todas as coisas” (At 17,25), não podendo, por isso, de modo algum, ser independente de Deus. “Ai daquele que discute com quem o formou – diz o profeta. Acaso diz a argila ao oleiro: ‘Que fazes? ’” (Is 45,9). É a obediência a relação essencial da criatura com Deus, relação que assegura a ordem, a harmonia, a felicidade. O rompimento desta relação foi a causa da ruína do gênero humano: “Pela desobediência de um só (Adão), todos se tornaram pecadores” (Rm 5,19), e para restabelecer a ordem, foi necessária a obediência de Cristo. Desobediência é rompimento com Deus, abandono de sua amizade, recusa de seu domínio, orgulhosa pretensão de viver independentemente dele. Obediência é reconhecimento prático da primazia absoluta de Deus, consciência de que, fora de Deus, não pode o homem encontrar bem algum, felicidade alguma; é humilde submissão aos seus quereres, aceitação amorosa e dócil de seus preceitos, comunhão com ele. O Filho de Deus, que por amor do Pai e pela salvação da humanidade, obedeceu até à morte de cruz, assim fez para que a obediência do homem não seja só a de simples criatura que, por necessidade, submete-se ao Criador, mas obediência de Filho, inspirada pelo amor.
Ao aperfeiçoar a lei antiga, apresentou Jesus as relações do homem com Deus, não tanto como de criatura para Criador, como Filho para com o Pai. No antigo Testamento era a obediência à lei divina dominada pela idéia do senhorio de Deus: “Será ele para ti o teu Deus... e obedecerás à sua lei”.
No Novo Testamento permanece está ideia, inalterável! O primeiro mandamento continua a ser: “Eu sou o Senhor teu Deus” (Dt 5,6); todavia é complementada e torna-se mais carregada de amor pela paternidade de Deus. Por conseguinte, a obediência, a observância da lei assumem aspecto filial. Na doutrina de Jesus, está sempre presente a figura do Pai: os deveres da esmola, da oração, do jejum, devem ser realizados sob o olhar do Pai que vê no segredo (Mt 6, 1-18); as obras dos discípulos devem ser tais que glorifiquem o Pai (Mt 5, 16); mas sobressai, de modo particular, a figura do Pai, no enunci-ado da nova lei da caridade: “Amai vossos inimigos, e rezai pelos vossos perseguidores, para serdes filhos de vosso Pai do céu” (ibidem, 44-45).
Enquanto o ideal da lei antiga é a absoluta santidade de Deus: “Sede santos porque eu sou santo” (Lv 11,44), o ideal da nova é a santidade de Deus, considerada mormente sob o aspecto da paternidade: “Sede perfeitos como é perfeito vosso Pai celeste” (Mt 5, 48). A idéia da paternidade recorda imediatamente a ideia da bondade, do amor, e, justamente por isso, dá Jesus tanta importância à lei do amor, quer como resposta ao amor infinito do Pai celeste, quer como imitação de sua bondade nas relações recíprocas.
O fato de ser Deus o Pai, e filhos os homens, não diminui, porém, o dever da obediência, antes aumenta-lhe o compromisso, porque provém, não de temor servil, mas de amor filial. “Inconcebível é a caridade – ensina Sto. Tomás – sem a obediência... E isto porque a amizade faz quererem os amigos as mesmas coisas” (ST, 2-2, 104,3). Fruto do amor, da amizade com Deus é a obediência e, ao mesmo tempo, seu testemunho concreto. Quanto mais se conforma em tudo, o homem com a vontade de Deus, renunciando à própria, tanto mais a Deus se une em comunhão perfeita.

Fonte Facebook  Ir Kelly Patricia.

domingo, 16 de março de 2014

O que um padre pode ensinar sobre o casamento, se ele não é casado?

Juan Ávila Estrada
Entenda por que um sacerdote pode ter muita experiência e conhecimento sobre o dia a dia de um casal, mesmo vivendo o celibato

Quando conto que estou cursando uma licenciatura em Matrimônio e Família, muitas pessoas costumam rir e me perguntam o que nós, padres, sabemos sobre o casamento, se não somos casados. Como um sacerdote ousa falar de uma realidade da qual ele não tem experiência?
.
Vou começar esclarecendo um primeiro ponto: os padres são celibatários, mas isso não significa que sejam solteiros. De fato, não estão disponíveis nem livres para nenhuma mulher.
.
Para entender isso, é preciso ter claro que o nosso ministério sacerdotal não é "nosso" ministério sacerdotal: é o ministério de Jesus, Sacerdote eterno, o único e verdadeiro sacerdote da nova aliança.
.
O que os padres são e fazem não é uma mera representação da sua ação evangelizadora, mas uma participação direta da sua graça santificante, que lhes deu, em nome de Jesus, um nome, a potestade para submeter o Maligno, perdoar pecados, santificar o amor, ungir os enfermos e mostrar a beleza da sua Palavra.
.
Tudo isso parece muita pretensão, não é mesmo? Mas esta é a beleza e a grandeza do ministério que foi confiado aos sacerdotes. Nós, padres, não nos apropriamos de privilégios nem atributo algum; só temos responsabilidades das quais prestaremos contas diante do Senhor.
.
Pois bem, o apóstolo Paulo, em Efésios 5, 25-26, nos diz: Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, para santificá-la, purificando-a pela água do batismo com a palavra". Este texto nos mostra claramente a relação esponsal que Cristo tem com a Igreja, da qual é cabeça e ela, seu corpo, fazendo dos dois uma só unidade pelo amor. Cristo é esposo da Igreja e, por isso, se os padres são presença de Cristo na terra, então são verdadeiros esposos da Igreja.
.
Não estamos diante de uma simples ficção, mas de uma realidade de cunho teológico que se compreende quando permitimos que entrem no nosso coração aquelas palavras de Jesus: "Porque há eunucos que o são desde o ventre de suas mães, há eunucos tornados tais pelas mãos dos homens e há eunucos que a si mesmos se fizeram eunucos por amor do Reino dos céus. Quem puder compreender, compreenda" (Mt 19, 12).
.
Partindo desta perspectiva, conseguimos compreender de que maneira um sacerdote é verdadeiro esposo que tem responsabilidades como as de um casal: geram filhos no batistério e sabem perfeitamente o que significa escutar aqueles que "choram" de madrugada pedindo ajuda ao seu pai.
.
Os padres sabem o que é educar nas diferenças e ter de perdoar os que se afastam de casa. E sabem também de infidelidades, essas que aparecem na mídia de vez em quando, mostrando a miséria de um coração que também tenta amar e que é frágil como os outros.
.
Como esposos, os sacerdotes conhecem o perigo da rotina no amor e o desejo que o coração tem de buscar aventuras. Sabem o que significa deitar-se bravo com a esposa, a Igreja, e querer mudá-la permanentemente, porque ela nem sempre encanta com a sua presença.
.
Há dias em que a esposa Igreja parece feia, desalinhada, mas os padres aprendem a amá-la assim como ela é, e buscam apaixonar-se constantemente por ela, para jamais ter de abandoná-la para buscar amantes furtivas.
.
Quem acha que os padres não têm nada a ensinar sobre o amor conjugal não faz ideia do que significa ser sacerdote. E o padre que se considera solteiro, tampouco. Os padres são "esposos celibatários", duas palavras que mostram uma aparente contradição, mas que nos permitem entender melhor este mistério de amor.
.
Além disso, como esposos, os padres têm uma palavra oportuna, de motivação, iluminadora para aqueles outros esposos que precisam enxergar uma luz no fim do túnel, para saber enfrentar o demônio da rotina e do tédio.
.
Os padres têm uma palavra acertada para aqueles que não veem outra solução para o seu problema a não ser o divórcio, com a enorme frustração e derrota de não ter sabido amar para sempre e a inevitável luta para buscar a justiça, que lhes permita "repartir" os filhos, como se repartem os bens da casa.
.
Nós, padres, temos experiência no amor matrimonial sim, conhecemos os amores e as infidelidades, sabemos do que estamos falando.

FONTE: http://www.aleteia.org


segunda-feira, 10 de março de 2014

Celinés - Gloria Aleluya [Video Oficial]




Dirección, Koji Waki | Cámaras, Virgilio A. Féliz y José Morales | Iluminación, Manuel Sanabia | Edición, Eugenio Pérez.
Agradecimientos especiales a todo el equipo de producción, a los músicos invitados, Convento de Los Dominicos, John Fleury y CSCV, Lilliam Báez Make Up, Laura Morales Emegrafía, Instrumentos Fernando Giraldez y a ti, que apoyas la evangelización y adoración a través de la música.


A conversão da cantora dominicana Celinés
Foi em um retiro espiritual que ela soube que queria cantar somente para Deus

Com apenas 10 anos de idade, ela compôs sua primeira música. Desde então, Celinés Díaz não desceu dos palcos. Começou escrevendo música comercial e, em 2001, assinou um contrato com uma gravadora internacional.
No entanto, ela rapidamente percebeu que faltava "algo" em sua vida. Foi em um retiro espiritual que Celinés soube que queria cantar somente para Deus.

Uma experiência com Deus

"Eu me dedicada à música leiga – conta CelinésDíaz – mas, naquele retiro, foi tão grande e maravilhosa minha experiência com Deus, com o seu perdão, com o seu amor, que pude descobrir que Jesus está vivo. E, desde aquele momento, eu quis lhe entregar a minha vida, o que seria da minha música."

Todos os anos, ela e sua banda percorrem a América Latina e os Estados Unidos transmitindo, com suas letras e melodias, a Palavra de Deus.

"Para este ano, estamos trabalhando no projeto do lançamento de nosso segundo trabalho, 'Deus é fiel'. Estamos bem emocionados, bem contentes por compartilhar com vocês tudo o que Deus foi nos dando nestes anos, e que, por meio da música, queremos compartilhar", explica CelinésDíaz.

Com uma agenda lotada, Celinés espera continuar espalhando alegria e transmitir a fé com suas canções durante muitos anos.

(Artigo publicado originalmente por Religión en Libertad)




domingo, 9 de março de 2014

Pastoral da Sobriedade - Paroquia Nossa Senhora das Graças-Santo André



O dever do CRISTÃO  é afastar as bebidas alcoólicas e outras drogas dos seus irmãos, nunca leva-las até seus irmãos facilitando sua ingestão. 

Afinal nós que acreditamos em Jesus Cristo temos a obrigação de espalhar a paz, nunca favorecer a violência e acidentes que pode vir de uma pessoa alcoolizada. 

Quando um alcoólico precisar de um ombro amigo com certeza será enxotado pelas maiorias das pessoas, humilhado e rejeitado como ser humano diante da sua sociedade.

"Portanto meus irmãos todo rio existe uma nascente, dessa forma nasce um alcoólico: no primeiro gole.
Assim como cristãos é católicos nunca deveremos favorecer que alguém entra nesse barco que um dia naufraga e muitas vezes em alto mar..."

"Alcoolismo em festas religiosas em louvor a Deus não faz sentido."

VEJA O VÍDEO DA PASTORAL DA SOBRIEDADE...

PENSEM NISSO...

Padre - homem de misericórdia e compaixão, como Jesus: Papa aos padres de Roma.



Por: News.Va
"O padre é homem de misericórdia e compaixão", como o bom samaritano, como Jesus o bom pastor. "O padre está chamado a ter um coração que se comove". "Não ajudam a Igreja os padres assépticos". Palavras sentidas e vigorosas pronunciadas pelo Papa Francisco, na quinta-feira de manhã, no tradicional encontro de início da Quaresma com os padres da sua diocese de Roma.
.
O Papa insistiu que "em toda a Igreja, este é o tempo da misericórdia. E recordou a intuição do Beato João Paulo II, ao canonizar no ano 2000 a Irmã Faustina Kowalska, instituindo também a festa da Divina Misericórdia. Mensagens que nos foram deixadas e que vale a pena retomar. "Toca-nos, como ministros da Igreja - sublinhou - manter viva esta mensagem, sobretudo na pregação e nos gestos, nos sinais, nas opções pastorais". Que significa "misericórdia", para um padre? - interrogou-se o Papa, que convidou a aprender de Jesus, que se comovia ao ver o povo disperso e desalentado.
.
"Jesus tem as vísceras de Deus: está cheio de ternura para com as pessoas, especialmente para com os excluídos, os pecadores, os doentes.
.
Assim também, à imagem do Bom Pastor, o padre é homem de misericórdia e de compaixão, próximo da sua gente e servidor de todos. Quem quer que se encontre ferido na própria vida, de qualquer modo que seja, pode nele encontrar atenção e escuta."
.
Esta atitude há-de se ver especialmente no sacramento da Reconciliação, no modo de acolher, escutar, aconselhar, absolver. Aliás, fez notar o Papa Francisco, isto depende do modo como cada um vive por si mesmo este sacramento, o modo "como se deixa abraçar por Deus na Confissão e permanece dentro deste abraço. Quem vive isto no seu coração, pode também dá-lo aos outros no ministério.
.
"O padre está chamado a aprender isto, a ter um coração que se comove. Os padres assépticos, os padres de laboratório, não ajudam a Igreja".
.
A Igreja pode ser pensada como um "hospital de campanha". É preciso curar as feridas.
"Há tanta gente ferida, por problemas materiais, pelos escândalos, mesmo dentro da Igreja. Gente ferida pelas ilusões do mundo. Nós padres temos que estar ali, junto das pessoas. Misericórdia significa antes de mais curar as feridas."
.
O Padre interpelou directamente os seus padres de Roma, perguntando-lhes se conhecem mesmo as feridas dos seus paroquianos, se estão perto deles.
.
E concluiu voltando à questão do exercício do Sacramento da Reconciliação. Não se trata de ser laxista ou rigorista. "A verdadeira misericórdia toma a seu cargo a pessoa, escuta-a atentamente, aborda com respeito e com verdade a situação, acompanha-a no caminho de reconciliação. Comporta-se como o Bom Samaritano. O seu coração é capaz de compaixão, como o de Cristo.
.
Neste contexto, o Papa referiu o "sofrimento pastoral, que é uma forma de misericórdia". Significa "sofrer por e com as pessoas, como um pai e uma mãe sofrem pelos filhos". E dirigiu aos padres de Roma algumas perguntas interpeladoras:
.
"Choras pelo teu povo? Fazes oração de intercessão diante do Santíssimo? Lutas com o Senhor a favor do teu povo, como fez Abraão?"
.
Aludindo uma vez mais ao Bom Samaritano, o Papa concluiu exortando os padres de Roma a "não terem vergonha da carne do irmão". "No final dos tempos, será admitido a contemplar a carne glorificada de Cristo só quem não tiver tido vergonha da carne do seu irmão ferido e excluído".

FONTE: http://www.bispado.org.br

sexta-feira, 7 de março de 2014

O QUE SIGNIFICA AS CINZAS NA QUARESMA?


Na Igreja dos primeiros tempos: A Igreja, desde os primeiros tempos, continuou a prática do uso das cinzas com o mesmo simbolismo. Em seu livro "De Poenitentia", Tertuliano (160-220 DC), prescreveu que um penitente deveria "viver sem alegria vestido com um tecido de saco rude e coberto de cinzas".

O historiador dos primeiros anos da igreja, Eusébio (260-340 DC), relata em seu livro A História da Igreja, como um apóstata de nome Natalis se apresentou vestido de saco e coberto de cinzas diante do Papa Ceferino, para suplicar-lhe perdão.

Sabe-se que num determinado momento existiu uma prática que consistia no sacerdote impor as cinzas em todos aqueles que deviam fazer penitência pública. As cinzas eram colocadas quando o penitente saía do Confessionário.

Esses exemplos mostram que o simbolismo do tecido de saco e das cinzas servia para representar os sentimentos de aflição e arrependimento, bem como a intenção de se fazer penitência pelos pecados cometidos contra o Senhor e a Sua igreja.

Na Igreja de hoje:
Com o passar dos tempos o uso das cinzas foi adotado como sinal do início do tempo da Quaresma; o período de preparação de quarenta dias (excluindo-se osdomingos) antes da Páscoa da Ressurreição.

Hoje utilizamos cinzas feitas com os ramos de palmas distribuídos no ano anterior no Domingo de Ramos. O sacerdote abençoa as cinzas e as impõe nafronte de cada fiel traçando com essas o Sinal da Cruz. Logo em seguida diz: "Recorda-te que és pó e em pó te converterás" ou então "Arrepende-te e crede no Evangelho".

Devemos nos preparar para o começo da Quaresma compreendendo o significado profundo das cinzas que recebemos. É um tempo para examinar nossas ações atuais e passadas e lamentarmo-nos profundamente por nossos pecados. Só assim poderemos voltar nossos corações genuinamente para Nosso Senhor, que sofreu, morreu e ressuscitou pela nossa salvação.

Além do mais esse tempo nos serve para renovar nossas promessas batismais, quando morremos para a vida passada e começamos uma nova vida em Cristo.

Imposição das cinzas no início da Quaresma:
Aceitando que nos imponham as cinzas, expressamos duas realidades fundamentais:

1. Somos criaturas mortais e tomamos consciência de nossa fragilidade, do inevitável fim de nossa existência terrestre e esse rito nos ajuda a avaliar melhor os rumos que compete dar à nossa vida: "você é pó e ao pó voltará" (Gn 3,19).

2. Somos chamados a nos converter ao Evangelho de Jesus e sua proposta do Reino mudando nossa maneira de ver, julgar e agir: “Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15).


FALSOS AMIGOS


A tristeza bate fundo no coração, quando se recorre a um suposto amigo(a) e não é ouvido, nesses casos é melhor valer-se da oração.
O Mestre nos ensinou sobre isso... 

Rivaldo R.Ribeiro