segunda-feira, 28 de agosto de 2023

“Tarde Te amei!” De Santo Agostinho, uma das mais arrebatadoras orações de todos os tempos e vídeo.

  Tarde Te Amei (Santo Agostinho)

       


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“Et ecce intus eras et ego foris et ibi te quaerebam, et in ista formosa quae fecisti deformis irruebam…”

1. Tarde Te amei, ó Beleza tão antiga e tão nova… Tarde Te amei! Trinta anos estive longe de Deus. Mas, durante esse tempo, algo se movia dentro do meu coração… Eu era inquieto, alguém que buscava a felicidade, buscava algo que não achava… Mas Tu Te compadeceste de mim e tudo mudou, porque Tu me deixaste conhecer-Te. Entrei no meu íntimo sob a Tua Guia e consegui, porque Tu Te fizeste meu auxílio.

2. Tu estavas dentro de mim e eu fora… “Os homens saem para fazer passeios, a fim de admirar o alto dos montes, o ruído incessante dos mares, o belo e ininterrupto curso dos rios, os majestosos movimentos dos astros. E, no entanto, passam ao largo de si mesmos. Não se arriscam na aventura de um passeio interior”. Durante os anos de minha juventude, pus meu coração em coisas exteriores que só faziam me afastar cada vez mais d’Aquele a Quem meu coração, sem saber, desejava… Eis que estavas dentro e eu fora! Seguravam-me longe de Ti as coisas que não existiriam senão em Ti. Estavas comigo e não eu Contigo…

3. Mas Tu me chamaste, clamaste por mim e Teu grito rompeu a minha surdez… “Fizeste-me entrar em mim mesmo… Para não olhar para dentro de mim, eu tinha me escondido. Mas Tu me arrancaste do meu esconderijo e me puseste diante de mim mesmo, a fim de que eu enxergasse o indigno que era, o quão deformado, manchado e sujo eu estava”. Em meio à luta, recorri a meu grande amigo Alípio e lhe disse: “Os ignorantes nos arrebatam o céu e nós, com toda a nossa ciência, nos debatemos em nossa carne”. Assim me encontrava, chorando desconsolado, enquanto perguntava a mim mesmo quando deixaria de dizer “Amanhã, amanhã”… Foi então que escutei uma voz que vinha da casa vizinha… Uma voz que dizia: “Pega e lê. Pega e lê!”.

4. Brilhaste, resplandeceste sobre mim e afugentaste a minha cegueira. Então corri à Bíblia, abri-a e li o primeiro capítulo sobre o qual caiu o meu olhar. Pertencia à carta de São Paulo aos Romanos e dizia assim: “Não em orgias e bebedeiras, nem na devassidão e libertinagem, nem nas rixas e ciúmes. Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo” (Rm 13,13s). Aquelas Palavras ressoaram dentro de mim. Pareciam escritas por uma pessoa que me conhecia, que sabia da minha vida.

5. Exalaste Teu Perfume e respirei. Agora suspiro por Ti, anseio por Ti! Deus… de Quem separar-se é morrer, de Quem aproximar-se é ressuscitar, com Quem habitar é viver. Deus… de Quem fugir é cair, a Quem voltar é levantar-se, em Quem apoiar-se é estar seguro. Deus… a Quem esquecer é perecer, a Quem buscar é renascer, a Quem conhecer é possuir. Foi assim que descobri a Deus e me dei conta de que, no fundo, era a Ele, mesmo sem saber, a Quem buscava ardentemente o meu coração.

6. Provei-Te, e, agora, tenho fome e sede de Ti. Tocaste-me, e agora ardo por Tua Paz. “Deus começa a habitar em ti quando tu começas a amá-Lo”. Vi dentro de mim a Luz Imutável, Forte e Brilhante! Quem conhece a Verdade conhece esta Luz. Ó Eterna Verdade! Verdadeira Caridade! Tu és o meu Deus! Por Ti suspiro dia e noite desde que Te conheci. E mostraste-me então Quem eras. E irradiaste sobre mim a Tua Força dando-me o Teu Amor!

7. E agora, Senhor, só amo a Ti! Só sigo a Ti! Só busco a Ti! Só ardo por Ti!…

8. Tarde te amei! Tarde Te amei, ó Beleza tão antiga e tão nova! Tarde demais eu Te amei! Eis que estavas dentro, e eu, fora – e fora Te buscava, e me lançava, disforme e nada belo, perante a beleza de tudo e de todos que criaste. Estavas comigo, e eu não estava Contigo… Seguravam-me longe de Ti as coisas que não existiriam senão em Ti. Chamaste, clamaste por mim e rompeste a minha surdez. Brilhaste, resplandeceste, e a Tua Luz afugentou minha cegueira. Exalaste o Teu Perfume e, respirando-o, suspirei por Ti, Te desejei. Eu Te provei, Te saboreei e, agora, tenho fome e sede de Ti. Tocaste-me e agora ardo em desejos por Tua Paz!

Santo Agostinho, Confissões 10, 27-29


domingo, 27 de agosto de 2023

ORAÇÃO SANTA MÔNICA. Santa Mônica (para pedir a conversão de um filho)- dia 27 de AGOSTO



Santa Mônica nasceu no norte da África, em Tagaste, no ano 332, numa família cristã que lhe entregou – segundo o costume da época e local – como esposa de um jovem chamado Patrício.
Como cristã exemplar que era, Mônica preocupava-se com a conversão de sua família, por isso se consumiu na oração pelo esposo violento, rude, pagão e, principalmente, pelo filho mais velho, Agostinho, que vivia nos vícios e pecados. A história nos testemunha as inúmeras preces, ultrajes e sofrimentos por que Santa Mônica passou para ver a conversão e o batismo, tanto de seu esposo, quanto daquele que lhe mereceu o conselho: “Continue a rezar, pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas”.
Santa Mônica tinha três filhos. E passou a interceder, de forma especial, por Agostinho, dotado de muita inteligência e uma inquieta busca da verdade, o que fez com que resolvesse procurar as respostas e a felicidade fora da Igreja de Cristo. Por isso, envolveu-se em meias verdades e muitas mentiras. Contudo, a mãe, fervorosa e fiel, nunca deixou de interceder com amor e ardor, durante 33 anos; e, antes de morrer, em 387, ela mesma disse ao filho, já convertido e cristão: “Uma única coisa me fazia desejar viver ainda um pouco, ver-te cristão antes de morrer”.
Por esta razão, o filho Santo Agostinho, que se tornara bispo e doutor da Igreja, pôde escrever: “Ela me gerou seja na sua carne para que eu viesse à luz do tempo, seja com o seu coração para que eu nascesse à luz da eternidade”.
Santa Mônica foi canonizada pelo Papa Alexandre lll por ter sido a responsável pela conversão de seu filho Agostinho, por ter ensinado a ele a fé cristã, a moral e a mansidão. Foi declarada Padroeira das Associações das Mães Cristãs.
Santa Mônica, rogai por nós!
ORAÇÃO SANTA MÔNICA.
Santa Mônica (para pedir a conversão de um filho)

Ó Santa Mônica, que pela oração e pelas lágrimas alcançastes de Deus a conversão de vosso filho transviado, depois santo (Santo Agostinho).
Olhai para o meu coração, amargurado pelo comportamento do meu filho desobediente, rebelde e inconformado, que tantos dissabores causou ao meu coração e a toda a família.
Que vossas orações se juntem com as minhas, para comover o bom Deus, a fim de que Ele faça meu filho entrar em si e voltar ao bom caminho.

Santa Mônica fazei que o Pai do Céu chame de volta à casa paterna o filho pródigo. Dai-me esta alegria, eu serei sempre agradecido(a).

Santo Agostinho rogai por nós

Santa Mônica atendei-me. Amém


terça-feira, 22 de agosto de 2023

Santo do dia 22 de agosto: Nossa Senhora Rainha

 É rainha porque excede todas as criaturas em santidade: “Ela encerra toda a bondade das criaturas”




A festividade de hoje, paralela à de Cristo Rei, foi instituída por Pio XII em 1955. Era celebrada, até a recente reforma do calendário litúrgico, a 31 de maio, como coroação da singular devoção mariana do mês a ela dedicado.
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Para o dia 22 de agosto estava reservada a comemoração do Imaculado Coração de Maria, em cujo lugar entrou a festa de Maria Rainha para aproximar a realeza da Virgem à sua gloriosa Assunção ao céu. Este lugar de singularidade e de proeminência, ao lado de Cristo Rei, deriva-lhe dos vários títulos, ilustrados por Pio XII na carta encíclica À Rainha do Céu (11 de outubro de 1954): Mãe da Cabeça e dos membros do Corpo místico, augusta soberana e rainha da Igreja, que a torna participante não só da dignidade real de Jesus Cristo, mas também do seu influxo vital e santificador sobre os membros do Corpo místico. O latim regina, como rex, deriva de regere, isto é reger, governar, dominar.

Do ponto de vista humano é difícil atribuir a Maria a função de dominadora, ela que se proclamou a serva do Senhor e passou toda a sua vida no mais humilde escondimento. Lucas, nos Atos dos Apóstolos, coloca Maria no meio dos Onze, após a Ascensão, recolhida com eles em oração; mas não é ela que dá ordens, e sim Pedro. E todavia precisamente naquela circunstância ela constitui o vínculo que mantém unidos ao Ressuscitado aqueles homens ainda não robustecidos pelos dons do Espírito Santo. Maria é rainha porque é Mãe de Cristo, o Rei.

É rainha porque excede todas as criaturas em santidade: “Ela encerra toda a bondade das criaturas”, diz Dante na Divina Comédia. Todos os cristãos vêem e veneram nela a superabundante generosidade do amor divino, que a cumulou de todos os bens. Mas ela distribui real e maternalmente tudo o que recebeu do Rei, protege com o seu poder os filhos adquiridos em virtude da sua co-redenção, e os alegra com os seus dons, pois o rei determinou que toda graça passe por suas mãos de rainha.
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Por isso a Igreja convida os fiéis a invocá-la não só com o doce nome de mãe, mas também com aquele reverente de rainha, como no céu a saúdam com felicidade e amor os anjos, os patriarcas, os profetas, os apóstolos, os mártires, os confessores, as virgens. Maria foi coroada com o dúplice diadema de virgindade e de maternidade divina: “O Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do Altíssimo vai te cobrir com a sua sombra; por isso o Santo que nascer será chamado Filho de Deus”.

Por Cléofas / Prof. Felipe Aquino


sábado, 19 de agosto de 2023

Benção do Santíssimo Sacramento

 


Bênção do Santíssimo Sacramento
(Canto antes da bênção)
Tão sublime Sacramento adoremos neste altar,
pois o Antigo Testamento deu ao Novo o seu lugar.
Venha a fé por suplemento os sentidos completar.
Ao eterno Pai cantemos a Jesus, o redentor,
Ao Espírito exaltemos, na Trindade eterno amor.
Ao Deus uno e trino demos a alegria do louvor.
Amém!

V. Do céu lhes destes o pão.
R. Que contém todo o sabor.

Oremos
- Ó Deus, que, neste admirável sacramento, nos deixastes o memorial da vossa paixão, dai-nos adorar com tão grande amor, os mistérios de vosso corpo e sangue, que possamos colher continuamente os frutos da vossa redenção.
Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.
R. Amém.

(Segue-se a bênção do santíssimo)
BENÇÃO
- Deus vos abençoe e vos guarde!
Volva para vós o seu olhar e vos dê a paz.
Mostra para vós o seu rosto e se compadeça de vós.
E derrame sobre vós, vossas famílias, aquele por quem rezamos, a benção que tanto necessitam.
(Após a bênção)

ATO DE LOUVOR
- Bendito seja Deus.
- Bendito seja o seu santo nome.
- Bendito seja Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
- Bendito seja o nome de Jesus.
- Bendito seja o seu Sacratíssimo coração.
- Bendito seja o seu preciosíssimo sangue.
- Bendito seja Jesus no Santíssimo sacramento do altar.
- Bendito seja o Espírito Santo Paráclito.
- Bendita seja a grande mãe de Deus, Maria santíssima.
- Bendita seja sua santa e imaculada conceição.
- Bendita seja sua gloriosa assunção.
- Bendito seja o nome de Maria, virgem e mãe.
- Bendito seja são José, seu castíssimo esposo.
- Bendito seja Deus, nos seus anjos e nos seus santos.

Oremos
Deus e Senhor nosso, protegei a vossa Igreja, dai-lhe santos pastores e dignos ministros. Derramai as vossas bênçãos sobre o nosso Santo Padre, o papa, sobre o nosso bispo, sobre o nosso pároco e todo o clero, sobre o chefe da nação e do Estado e sobre todas as pessoas constituídas em dignidade para que governem com justiça.
Dai ao povo brasileiro paz constante e prosperidade completa. Favorecei com os efeitos contínuos de vossa bondade o Brasil, este (arce) bispado, a paróquia em que habitamos, cada um de nós em particular e todas as pessoas por quem somos obrigados a rezar ou que se recomendaram as nossas orações.


Tende misericórdia das almas dos fiéis que padecem no purgatório. Dai-lhes, Senhor, o descanso e a luz eterna.
AMÉM

(Pai nosso, Ave-maria, Glória ao Pai)

Senhor nós cremos na Tua Divina Providência,
Deus provê, Deus proverá, a Sua Misericórdia não faltará.
Deus provê, Deus proverá, a Sua Misericórdia não faltará.
Deus provê, Deus proverá, a Sua Misericórdia não faltará.

Mãe da Divina Providência, providencia-me  
As Bênçãos do Seu Filho Jesus, para nós, para as nossas famílias, todos os dias até o fim.
Assim seja. Amém.




domingo, 13 de agosto de 2023

Hoje é celebrada Santa Dulce dos Pobres, o anjo bom do Brasil




Hoje (13) é celebrada a festa de santa Dulce dos Pobres, a religiosa baiana que dedicou sua vida ao serviço aos pobres e doentes. Ela foi canonizada em 2019 pelo papa Francisco, tornando-se a primeira santa nascida no Brasil.

O 13 de agosto foi escolhido como o dia oficial da festa litúrgica da religiosa conhecida como anjo bom do Brasil porque foi nesta mesma data, em 1933, na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em Sergipe, que Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, aos 19 anos de idade, recebeu o hábito de freira e adotou, em homenagem à sua mãe, o nome de irmã Dulce.
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Segunda filha do dentista Augusto Lopes Pontes e de Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes, a pequena Maria Rita nasceu em 26 de maio de 1914, na capital baiana. Perdeu sua mãe aos sete anos de idade.

Desde cedo, começou a manifestar seu interesse pela vida religiosa. Aos 13 anos, passou a acolher mendigos e doentes em sua casa, transformando a residência da família em um centro de atendimento. A casa ficou conhecida como ‘A Portaria de São Francisco’, devido ao grande número de carentes que se aglomeravam à sua porta. Nessa época, expressou pela primeira vez o desejo de se dedicar à vida religiosa.

Entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão, em Sergipe, em fevereiro 1933, tendo recebido o hábito agosto do mesmo ano, quando passou a ser chamada irmã Dulce.

Sempre com muita fé, amor e serviço, o anjo bom iniciou na década de 1930 um trabalho assistencial nas comunidades carentes, sobretudo nos Alagados, conjunto de palafitas que se consolidara na parte interna do bairro de Itapagipe, na capital baiana.

Em 1939, irmã Dulce invadiu cinco casas na Ilha dos Ratos, para abrigar os doentes que recolhia nas ruas de Salvador. Expulsa do lugar, peregrinou durante uma década, levando os seus doentes por vários locais da cidade. Até que em 1949, ocupou um galinheiro ao lado do convento, após a autorização da sua superiora, com os primeiros 70 doentes.

Esta iniciativa deu início à criação das Obras Sociais Irmã Dulce, instituição considerada hoje um dos maiores complexos de saúde pública do país, com cerca de quatro milhões de atendimentos ambulatoriais por ano.

“Quando nenhum hospital quiser aceitar algum paciente, nós aceitaremos. Esta é a última porta e por isso eu não posso fechá-la”, disse irmã Dulce.
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Em 1988, foi indicada pelo então presidente da República, José Sarney, com o apoio da Rainha Sílvia, da Suécia, para o Prêmio Nobel da Paz.

A religiosa também teve dois grandes momentos de sua vida ao lado de são João Paulo II. Em 7 de julho de 1980, encontrou-se com o então Papa que visitava pela primeira vez o Brasil. Na ocasião, ouviu dele o incentivo para prosseguir com a sua obra.

Os dois voltaram a se encontrar em 20 de outubro de 1991, na segunda visita de João Paulo II ao Brasil. O papa polonês fez questão de quebrar o rigor da sua agenda e foi ao Convento Santo Antônio visitar a religiosa baiana, cuja saúde já se encontrava bastante debilitada em função de problemas respiratórios.

Cinco meses depois, no dia 13 de março de 1992, o anjo bom do Brasil morreu, aos 77 anos.

Em janeiro de 2000, teve início o processo de canonização de irmã Dulce. Em 2010, a Congregação para a Causa dos Santos reconheceu a autenticidade de um milagre atribuído à religiosa, que levou à sua beatificação em 22 de maio de 2011. Trata-se do caso de Claudia Cristina dos Santos, ocorrido em Itabaiana, em Sergipe.

Após dar à luz seu filho, Gabriel, a mulher sofreu uma forte hemorragia, durante 18 horas, tendo sido submetida a três cirurgias. Diante da gravidade do quadro, os familiares chamaram Padre José Almí para ministrar a unção dos enfermos. O sacerdote decidiu fazer uma corrente de oração pedindo a intercessão de irmã Dulce e deu a Cláudia uma pequena relíquia da Bem-Aventurada. A hemorragia cessou subitamente.

E, em 13 de outubro de 2019, a religiosa foi canonizada pelo papa Francisco, no Vaticano, após o reconhecimento da cura milagrosa de do maestro José Maurício Bragança Moreira, que ficou cego durante 14 anos por conta de um glaucoma. Em 2014, voltou a enxergar, após rezar pedindo à intercessão de irmã Dulce dos Pobres.



ESPECIAL SANTA DULCE DOS POBRES | TVE BAHIA | DOCUMENTÁRIO

 


A TVE Bahia aprensenta o Especial Santa Dulce dos Pobres. 
O programa reúne conteúdos da cobertura da canonização de Irmã Dulce, reportagens especiais sobre os primeiros milagres da santa, histórias de fé e devoção e o legado com as Obras Sociais Irmã Dulce.⠀ 
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TVE Bahia


sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Canto a Santa Clara de Asis- Dia 11 de Agosto

 


En la mente de Dios,
en su designio de amor,
estabas presente en su corazón,
para hacerte una luz en las tinieblas,
el día que El escogió,
su plan de amor se cumplió,
naciste a la vida como abre una flor
al calor de los rayos del sol.

Clara te hizo como la aurora,
Clara sonrisa que lo enamora,
Clara es tu nombre como el despertar,
del sol radiante en la mañana.
Clara brillaste en tu nacimiento,
como una estrella en el firmamento,
y que refleja rayos de luz celestial.

Hiciste a la sombra de Dios,
tu vida entregaste a su amor,
y el hizo de ti un modelo a seguir,
esposa de Cristo y madre fecunda,
tus hijas queremos tambien,
las huellas de Cristo seguir,
por ese camino de fraternidad,
de oración, de pobreza y de alegría.

Canta: Hermanas Clarisas


TESTAMENTO DE SANTA CLARA DE ASSIS

 





1Em nome do Senhor! (cfr. Col 3,17) Amém!

2 Entre outros benefícios que temos recebido e ainda recebemos diariamente da generosidade do Pai de toda misericórdia (cfr. 2Cor 1,3) e pelos quais mais temos que agradecer ao glorioso Pai de Cristo,

3 está a nossa vocação que, quanto maior e mais perfeita, mais a Ele é devida.
4 Por isso diz o Apóstolo: “Reconhece a tua vocação” (cf. 1Cor 1,26).
5 O Filho de Deus fez-se para nós o Caminho (cf. Jo 14,6; 1Tm 4,12), que nosso bem-aventurado pai Francisco, que o amou e seguiu de verdade, nos mostrou e ensinou por palavra e exemplo.
6 Por isso, queridas Irmãs, devemos considerar os imensos benefícios que Deus nos concedeu,
7 mas, entre outros, aqueles que Ele se dignou realizar em nós por seu dileto servo, nosso pai São Francisco,
8 não só depois de nossa conversão mas também quando estávamos na miserável vaidade do mundo.
9 Pois, quando o santo, logo depois de sua conversão, sem ter ainda irmãos ou companheiros,
10 estava construindo a igreja de São Damião, em que foi visitado plenamente pela graça divina, e foi impelido a abandonar totalmente o mundo,
11 numa grande alegria e iluminação do Espírito Santo, profetizou a nosso respeito aquilo que o Senhor veio a cumprir mais tarde.
12 Pois, nessa ocasião, subindo ao muro da igreja, ele disse em voz alta e em francês para uns pobres que moravam ali perto:
13 Venham me ajudar na obra do mosteiro de São Damião,
14 porque nele ainda haverão de morar umas senhoras cuja vida famosa e santo comportamento vão glorificar nosso Pai celestial (cfr. Mt 5,16) em toda a sua santa Igreja.
15 Nisso nós podemos considerar, portanto, a copiosa bondade de Deus para conosco,
16 pois, em sua imensa misericórdia e amor, dignou-se contar essas coisas sobre nossa vocação e eleição (cfr. 2Pd 1,10), através do seu santo.
17 E o nosso bem-aventurado pai Francisco não profetizou isso só a nosso respeito, mas também sobre as outras que haveriam de vir, na santa vocação em que Deus nos chamou.
18 Com que solicitude, então, com que zelo da mente e do corpo devemos observar o que foi mandado por Deus e por nosso pai, para restituir o talento multiplicado, com a colaboração do Senhor!
19 Pois o próprio Senhor colocou-nos não só como modelo, exemplo e espelho para os outros, mas também para nossas irmãs, que ele vai chamar para a nossa vocação,
20 para que também elas sejam espelho e exemplo para os que vivem no mundo.
21 Portanto, se o Senhor nos chamou a coisas tão elevadas que em nós possam espelhar-se as que deverão ser exemplo e espelho para os outros,
22 estamos bem obrigadas a bendizer e louvar a Deus, dando força ainda maior umas às outras para fazer o bem no Senhor.
23 Por isso, se vivermos de acordo com essa forma, daremos aos outros um nobre exemplo (cfr. 2Mc 6,28.31) e vamos conquistar o prêmio da bem-aventurança eterna com um trabalho muito breve.
24 Depois que o Altíssimo Pai celestial, por sua misericórdia e graça, se dignou iluminar meu coração para fazer penitência segundo o exemplo e ensino de nosso bem-aventurado pai Francisco,
25 pouco depois de sua conversão, com algumas irmãs que Deus me dera logo após a minha conversão, eu lhe prometi obediência voluntariamente,
26 como o Senhor nos concedera pela luz da sua graça através da vida admirável e do ensinamento dele.
27 Vendo o bem-aventurado Francisco que nós, embora frágeis e fisicamente sem forças, não recusávamos nenhuma privação, pobreza, trabalho, tribulação, nem humilhação ou o desprezo do mundo,
28 e até julgávamos tudo isso as maiores delícias, como pôde comprovar freqüentemente em nós a exemplo dos santos e dos seus frades, alegrou-se muito no Senhor.
29 E movido de piedade para conosco, assumiu o compromisso, por si e por sua Ordem, de ter sempre por nós o mesmo cuidado diligente e a mesma atenção especial que tinha para com seus irmãos.
30 E assim, por vontade de Deus e do nosso bem-aventurado pai Francisco, fomos morar junto da igreja de São Damião,
31 onde em pouco tempo o Senhor nos multiplicou por sua misericórdia e graça, a fim de que se cumprisse o que tinha predito por seu santo.
32 Pois antes tínhamos morado em outro lugar, embora por pouco tempo.
33 Depois escreveu para nós uma forma de vida, principalmente para que perseverássemos sempre na santa pobreza.
34 E não se contentou em exortar-nos durante a sua vida com muitos sermões (cfr. Act 20,2) e exemplos ao amor e observância da santa pobreza, mas nos deu muitos escritos, para que depois de sua morte não nos desviássemos dela de modo algum,
35 como o Filho de Deus, enquanto viveu neste mundo, não quis jamais afastar-se da santa pobreza.
36 Também o nosso bem-aventurado pai Francisco, imitando os seus passos (cfr. 1Pd 2,21), pelo exemplo e pelo ensinamento, nunca se desviou, em toda a vida, de sua santa pobreza, que escolheu para si e seus irmãos.
37 Por isso eu, Clara, serva de Cristo e das Irmãs Pobres do mosteiro de São Damião, embora indigna, e verdadeira plantinha do santo pai, considerando com as minhas outras Irmãs a nossa tão alta profissão e o mandamento de tão grande pai,
38 como também a fragilidade de outras, que temíamos em nós mesmas depois do falecimento do nosso pai São Francisco, que era a nossa coluna e única consolação depois de Deus e o nosso apoio (cfr. 1Tm 3,15),
39 repetidas vezes fizemos nossa entrega voluntária a nossa santíssima Senhora Pobreza, para que, depois de minha morte, as Irmãs que estão e as que vierem não possam de maneira alguma afastar-se dela.
40 E como sempre fui cuidadosa e solícita em observar a santa pobreza que prometemos ao Senhor e ao nosso bem-aventurado pai Francisco, e em fazer que fosse observada pelas outras,
41 assim sejam obrigadas até o fim aquelas que vão me suceder no ofício a observar e fazer observar sua santa pobreza, com o auxílio de Deus.
42 Para maior segurança, tive a preocupação de conseguir do senhor papa Inocêncio, em cujo tempo começamos, e dos seus outros sucessores, que corroborassem com os seus privilégios a nossa profissão da santíssima pobreza, que prometemos ao Senhor e ao nosso bem-aventurado pai,
43 para que em tempo algum nos afastássemos dela de maneira alguma.
44 Por isso, de joelhos dobrados e prostrada de corpo e alma, recomendo todas as minhas Irmãs atuais e futuras à santa mãe Igreja Romana, ao Sumo Pontífice e principalmente ao senhor cardeal que for encarregado da Ordem dos Frades Menores e de nós,
45 para que, por amor daquele Deus que pobre foi posto no presépio (cfr. Luc 12,32), viveu pobre no mundo e ficou nú no patíbulo,
46 faça com que sempre o seu pequeno rebanho (cfr. Lc 12,32), que o Senhor Pai gerou em sua Igreja pela palavra e o exemplo do nosso bem-aventurado pai São Francisco para seguir a pobreza e a humildade do seu Filho dileto e da Virgem, sua gloriosa Mãe,
47 observe a santa pobreza que prometemos a Deus e a nosso bem-aventurado pai Francisco e nela digne-se encorajá-las e conserva-las.
48 E como o Senhor nos deu nosso bem-aventurado pai Francisco como fundador, plantador e auxílio no serviço de Cristo e naquilo que prometemos ao Senhor e ao nosso pai,
49 e como ele durante a sua vida mostrou tanto cuidado em palavras e obras para tratar e cuidar de nós, sua plantinha,
50 assim recomendo e confio minhas Irmãs, presentes e futuras, ao sucessor do nosso bem-aventurado pai Francisco e a toda a Ordem,
51 para que nos ajudem a crescer sempre mais no serviço de Deus e principalmente a observar melhor a santa pobreza.
52 Se em algum tempo acontecer que as Irmãs tenham que deixar este lugar para se estabelecer em outro, sejam obrigadas, em qualquer lugar em que estiverem depois da minha morte, a observar a referida forma de pobreza que prometemos a Deus e a nosso bem-aventurado pai Francisco.
53 A que estiver no ofício deve ser tão solícita e previdente como as outras Irmãs para não adquirir nem receber junto a esse lugar nenhuma terra a não ser a que for exigida pela extrema necessidade para a horta em que temos que cultivar verduras.
54 Mas se em algum lugar, para honestidade e para isolamento do mosteiro for conveniente ter mais terreno além da cerca da horta, não permitam que seja adquirido ou mesmo recebido mais do que for pedido pela necessidade extrema.
55 E essa terra não deve ser trabalhada nem semeada mas ficar sempre baldia e inculta.
56 No Senhor Jesus Cristo, aconselho e admoesto a todas as minhas Irmãs, presentes e futuras, que sempre se empenhem em seguir o caminho da santa simplicidade, da humildade, da pobreza e também uma vida honesta e santa,
57 como aprendemos de Cristo e de nosso bem-aventurado pai Francisco desde o início de nossa conversão.
58 Foi dessas coisas que, não por nossos méritos mas só por misericórdia e graça de quem o deu, o Pai das misericórdias, espalhou-se o perfume (cfr. 2Cor 1,3; 2,15) da boa reputação, tanto para os de longe como para os de perto.
59 E amando-vos umas às outras com a caridade de Cristo, demonstrai por fora, por meio das boas obras, o amor que tendes dentro,
60 para que, provocadas por esse exemplo, as Irmãs cresçam sempre no amor de Deus e na mútua caridade.
61 Rogo também à que estiver a serviço das Irmãs que trate de estar à frente das outras mais por virtudes e santos costumes do que pelo ofício,
62 de forma que suas Irmãs, provocadas por seu exemplo, não obedeçam tanto por dever como por amor.
63 Seja também previdente e discreta para com suas Irmãs, como uma boa mãe faz com suas filhas,
64 tratando especialmente de provê-las de acordo com as necessidades de cada uma, com as esmolas que forem dadas pelo Senhor.
65 Também seja tão bondosa e acessível que possam manifestar com segurança suas necessidades 66 e recorrer a ela confiadamente a qualquer hora, como lhes parecer conveniente, tanto por si mesmas, como por suas Irmãs.
67 Mas as Irmãs que são súditas lembrem-se de que renunciaram à própria vontade por amor de Deus.
68 Por isso quero que obedeçam à sua mãe, como prometeram ao Senhor, espontaneamente,
69 de modo que sua mãe, vendo o amor, a humildade e a unidade que as Irmãs têm entre si, possa levar mais facilmente o peso que tem que suportar por causa do ofício,
70 e o que é molesto e amargo mude-se em doçura para ela pelo bom comportamento das Irmãs.
71 E como é estreito o caminho e apertada a porta por onde se vai e se entra na vida, são poucos os que por aí passam e entram (cfr. Mt 7,13.14).
72 E se há alguns que nele andam por um tempo, são pouquíssimos os que nele perseveram.
73 Mas felizes são aqueles a quem foi dado andar por ele e perseverar até o fim (cfr. Sl 118,1; Mt 10,22).
74 Tomemos cuidado, portanto, para que, se entramos pelo caminho do Senhor, de maneira alguma nos afastemos dele em algum tempo por nossa culpa e ignorância,
75 para não ofendermos a tão grande Senhor, a sua Virgem Mãe, a nosso bem-aventurado pai Francisco, à Igreja triunfante e mesmo à militante.
76 Pois está escrito: Malditos os que se desviam de vossos mandamentos (Sl 118,21).
77 Por isso dobro os joelhos diante do Pai de nosso Senhor Jesus Cristo (cfr. Ef 3,14) para que, pela intercessão dos méritos de sua Mãe, a gloriosa Virgem Santa Maria, de nosso bem-aventurado pai Francisco e de todos os santos,
78 o Senhor que deu o bom começo dê o crescimento (cfr.1Cor 3,6.7) e também a perseverança até o fim. Amém.

79Este escrito, para que seja mais bem observado, deixo a vocês, minhas caríssimas e queridas irmãs, presentes e futuras, como sinal da bênção do Senhor e de nosso beato pai Francisco, e da minha bênção, sua mãe e feito a mão.
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O testamento da bem-aventurada virgem Clara é explícito.


Em Latim:
79 Hoc scriptum, ut melius debeat observari, relinquo vobis, carissimis et dilectis sororibus meis, praesentibus et venturis, in signum benedictionis Domini et beatissimi patris nostri Francisci et benedictionis meae, matris et ancillae vestrae.

Explicit Testamentum beatae Clarae virginis.



sexta-feira, 4 de agosto de 2023

A IGREJA CELEBRA HOJE SÃO JOÃO MARIA VIANNEY E O DIA DO PADRE

 



OS DEZ ENSINAMENTOS DE SÃO JOÃO MARIA VIANNEY PARA A LUTA CONTRA O MAL.
O Santo Padre de Ars nasceu na França no ano 1786. Foi um grande pregador, fazia muitas mortificações, foi um homem de oração e caridade. Tinha um dom especial para a confissão. Por isso, vinham pessoas de diferentes lugares para confessar-se com ele e escutar seus santos conselhos. Devido ao seu frutífero trabalho pastoral foi nomeado padroeiro dos sacerdotes. Também combateu contra o maligno em várias ocasiões, inclusive em algumas não só espiritualmente.
Numa delas, enquanto se preparava para celebrar a missa, um homem disse-lhe que o seu dormitório estava a pegar fogo. Qual foi a sua resposta? “O Resmungão está furioso. Quando não consegue apanhar o pássaro, ele queima a sua gaiola”. Entregou a chave para aqueles que o iam ajudar a apagar o fogo. Sabia que Satanás queria impedir a missa e não o permitiu.
Deus premiou a sua perseverança diante das provações com um poder extraordinário que lhe permitia expulsar demônios das pessoas possuídas.
A sua confiança em Deus e fé inabalável dão nos várias lições que podem também nos ajudar nas nossas lutas do dia-a-dia na nossa caminhada nesta terra. Sim, o mal existe; mas, Deus pode mais… “Quem como Deus?”.
Confira:
1. Não imagine que exista um lugar na terra onde possamos escapar da luta contra o demônio, se tivermos a graça de Deus, que nunca nos é negada, podemos sempre triunfar.
2. Como o bom soldado não tem medo do combate, assim o bom cristão não deve ter medo da tentação. Todos os soldados são bons no acampamento, mas é no campo de batalha que se vê a diferença entre corajosos e covardes.
3. O demônio tenta somente as almas que querem sair do pecado e aquelas que estão em estado de graça. As outras já lhe pertencem, não precisa tentá-las.
4. Uma santa se queixou a Jesus depois da tentação, perguntando a Ele: “onde você estava, meu Jesus adorável, durante esta horrível tempestade?” Ao que Ele lhe respondeu: “Eu estava bem no meio do seu coração, encantado em vê-la lutar”.
5. Um cristão deve sempre estar pronto para o combate. Como em tempo de guerra, tem sempre sentinelas aqui e ali para ver se o inimigo se aproxima. Da mesma maneira, devemos estar atentos para ver se o inimigo não está nos preparando armadilhas e, se ele está vindo para nos pegar de surpresa…
6. Três coisas são absolutamente necessárias contra a tentação: a oração, para nos esclarecer; os sacramentos, para nos fortalecer; e a vigilância para nos preservar…
7. Com nossos instintos a luta é raramente de igual: ou nossos instintos nos governam ou nós governamos nossos instintos. Como é triste se deixar levar pelos instintos! Um cristão é um nobre; ele deve, como um grande senhor, mandar em seus vassalos.
8. Nosso anjo da guarda está sempre ao nosso lado, com a pena na mão, para escrever nossas vitórias. Precisamos dizer todas as manhãs: “Vamos, minh’alma, trabalhemos para ganhar o céu”.
9. O demônio deixa bem tranquilo os maus cristãos; ninguém se preocupa com eles, mas contra aqueles que fazem o bem ele suscita mil calúnias, mil ofensas.
10. O sinal da cruz é temido pelo demônio porque é pela cruz que escapamos dele. É preciso fazer o sinal da cruz com muito respeito. Começamos pela cabeça: é o principal, a criação, o Pai; depois o coração: o amor, a vida, a redenção, o Filho; por fim, os ombros: a força, o Espírito Santo. Tudo nos lembra a cruz. Nós mesmos somos feitos em forma de cruz.

Fonte: @Sherb Fernandes