segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Tempos carnavalescos — dias de perversões

Os festejos do carnaval, ano após ano, tornam-se mais extravagantes e imorais; cenas grotescas, bebedeiras, uso de drogas, práticas de nudismo e até orgias, são ostentadas torpemente, arruinando moralmente muitas famílias.

Apesar de todos essas depravações e escândalos, sabemos que o carnaval é impulsionado pelas autoridades do País, por exemplo, com a massiva distribuição de preservativos, sob o ridículo pretexto (melhor se diria ilusão) do denominado “sexo seguro”.

Essas libertinagens carnavalescas nos levam a uma reflexão: seria possível alguém, durante os três dias de carnaval, entrar na “folia” –– violando gravemente os princípios da moral católica, portanto infringindo os Mandamentos da Lei de Deus — e depois voltar à normalidade?

Esta pergunta foi admiravelmente respondida por Plinio Corrêa de Oliveira, em artigo publicado em “O Legionário”, de 15-2-1942:

“Lembro-me de que, quando era menino, certo professor jesuíta do colégio São Luiz me contou que um diplomata japonês, tendo assistido [no Brasil] ao carnaval — que em sua pátria não se comemorava —, enviou ao seu governo a seguinte descrição: ‘durante três dias ficam todos loucos e praticam os maiores absurdos; depois, repentinamente, o senso lhes volta e recobram juízo’. 
A observação, que muito me impressionou na ocasião, é realmente interessante. Muitas pessoas já a têm feito. Entretanto, cumpre acentuar que ela não reflete toda a realidade.
Com efeito, há uma regra de moral que afirma: ‘Nada de péssimo se faz subitamente’. 

É contra todas as regras da psicologia humana supor que pessoas muito dignas, muito moralizadas, muito sensatas, conseguem depor inteiramente as suas ideias durante os três dias do carnaval, e depois repô-las intactas, imaculadas, inteiriças, após os dos festejos de Momo.

Ideias não são roupas que se vestem ou se despem. Se alguém procede, durante o carnaval, de modo extremamente leviano, é isto uma prova de que anteriormente já havia uma falha na couraça moral dessa pessoa. Por outro lado, se essa falha pode ter ocasionado a renúncia momentânea a certas atitudes e a certas ideias durante o carnaval, como é difícil voltar depois à primitiva linha de moral!

Não nos iludamos. Erram, e erram miseravelmente, os que supõem que o carnaval constitui apenas um parêntese de loucura. Ele é um tumor que explode, e através de suas secreções se pode bem avaliar todo o vulto da infecção que, de maneira mais ou menos disfarçada, já minava anteriormente o organismo. Três dias depois esse tumor se cicatriza, na aparência. Fá-lo, entretanto, deixando uma base sempre mais profunda, sempre mais dolorosa, sempre mais perigosa, para o tumor do ano que vem”.

Paulo Roberto Campos
prccampos@terra.com.br

FONTE: http://blogdafamiliacatolica.blogspot.com.br




PAPA: “PAIS AUSENTES DEIXAM GRAVES LACUNAS NOS FILHOS”


O Papa Francisco encontrou-se com os fiéis na Sala Paulo VI na audiência geral que concede semanalmente. Retomando o caminho da catequese sobre a família, o tema abordado nesta ocasião foi o ‘o pai’.
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A passagem bíblica lida – em várias línguas – no início do encontro, do Evangelho de João, 14,18 (Não vos deixarei órfãos), foi a base da reflexão de Francisco.
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Pai, ontem e hoje
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O Pontífice começou analisando que “esta palavra – pai – possui um sentido universal e é muito cara aos cristãos, pois Jesus nos ensinou a chamar assim a Deus e a usava para manifestar a sua relação especial com Ele”.
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Hoje, porém, sobretudo na cultura ocidental, o conceito de pai parece estar em crise; a figura do pai está simbolicamente ausente. No início, isso foi visto como uma libertação do ‘pai-patrão’, autoritário e censor da felicidade dos filhos. Antigamente, lembrou o Papa, era comum um certo autoritarismo; muitos pais tratavam seus filhos como escravos e não respeitavam sua autonomia, exigências pessoais; não os ajudavam a crescer em liberdade.
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“Com o tempo, isso foi mudando de um extremo para o outro”, prosseguiu Francisco. O problema hoje não é mais a presença invasiva dos pais, mas a sua ausência: estão ‘foragidos’, concentrados em si mesmos. Deixam sós os filhos pequenos, na sensação de orfandade. O Papa revelou que “quando era Arcebispo de Buenos Aires sentia isso nas crianças e jovens e perguntava a seus pais se tinham tempo para os filhos, se tinham coragem e amor suficientes para brincar ou conversar com eles”.
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As consequências
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“A ausência do pai é muito nociva às crianças e aos jovens, produz lacunas e feridas que podem ser muito graves; e sem perspectivas e valores, eles ficam vazios e propensos a buscarem ídolos que preencham os seus corações”.
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“Mas também quando estão em casa, muitas vezes não se comportam como pais, não cumprem o seu papel educativo, não dão a seus filhos, com seu exemplo, os princípios, valores e regras de vida de que precisam”.
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Pais ‘deslocados’
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Em certos casos – disse ainda – os pais não sabem bem que lugar ocupam na família e, na dúvida, se abstêm ou optam por uma relação ‘de igual para igual’ com os filhos. “É verdade que se deve ser companheiros dos filhos, mas sem se esquecer que se é pai, né?”.
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“Sua ausência deixa os jovens sem estradas seguras, sem mestres nos quais confiar. Ficam órfãos de ideais que lhes aqueçam os corações, órfãos de valores e de esperanças que os amparem no dia a dia. São preenchidos de ídolos, mas lhes é roubado o coração, são levados a sonhar divertimentos e prazeres, mas não lhes dá a chance de trabalhar, são iludidos com o deus-dinheiro e privados das verdadeiras riquezas”.
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Por isso, mais do que nunca, Francisco lembrou a promessa de Jesus: «Não vos deixarei órfãos». Somente através de Cristo a paternidade pode realizar todas as suas potencialidades segundo o plano de Deus, nosso Pai.
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E terminando, esclareceu que desta vez, abordou exclusivamente as problemáticas derivadas da ausência da figura paterna; sendo um pouco ‘negativo’. Mas prometeu que na próxima quarta-feira, será analisada a beleza de ser pai e da luminosidade desta condição. “Da escuridão de hoje, passarei à luz”
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No final do encontro, Francisco saudou os grupos presentes, inclusive os fiéis e pastores de Brasília, e concedeu a todos a sua bênção apostólica.
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(from Vatican Radio)

Fonte: http://apologeticadafecatolica.blogspot.com.br


Foi por Você



Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. (João 3:16)